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domingo, 31 de dezembro de 2017

Retrospectiva 2017

2017 foi um ano riquíssimo para a gente no quesito viagem. Afinal, foram 4 continentes visitados: África, Europa, Ásia e América do Sul. Foi a nossa primeira vez visitando o continente africano, do qual saímos apaixonados. E, embora já tenhamos ido à Ásia anteriormente, foi o nosso primeiro contato com o Oriente Médio.

Um dos momentos mais emblemáticos de 2017: por do sol em Santorini, Grécia

Crescimento cultural foi, então, o que não nos faltou neste ano. Pela primeira vez, entramos em uma mesquita, andamos por cidades muçulmanas, vivenciamos a realidade de Israel, nos admiramos com a mistura cultural de Jerusalém, nos perdemos no meio dos complicados alfabetos árabe e hebreu e entendemos melhor a conturbada relação entre judeus e muçulmanos.

sábado, 30 de dezembro de 2017

Conhecendo a antiga cidade murada de Jerusalém por conta própria

Embora Jerusalém seja uma grande cidade, a maior de Israel, inclusive, é a sua parte antiga e murada que atrai os milhares de turistas que a visitam. Embora pequena, quando comprada ao restante de Jerusalém, esta parte murada tem muito para se conhecer, necessitando, no mínimo, de um dia inteiro para percorrê-la em sua totalidade.

Como saímos bem cedo de Tela Aviv rumo à Jerusalém, chegamos na cidade com tempo para passar o dia percorrendo, com calma, a cidade murada, no nosso ritmo, conhecendo tudo que fosse do nosso interesse. Como não gostamos de tours guiados, fizemos tudo por conta própria e contaremos aqui como foi a nossa experiência.

A cidade antiga de Jerusalém

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

O que fazer em Jerusalém

Antes de relatar a nossa experiência em Jerusalém, acho importante dar algumas dicas sobre a cidade, especialmente em relação às atrações possíveis de ser visitadas por lá.

Jerusalém é aquele local do mundo tão rico historicamente que vale à pena a visita independente da sua religião, tendo uma ou não, acreditando ou não em Deus. É tanta história envolvida e tantas oportunidades de entender um pouco da ainda conturbada relação entre judeus e muçulmanos que, dificilmente, a sua experiência por lá não será enriquecedora.

Antes de mais nada, se a sua religião é o principal motivo que faz você querer visitar Jerusalém, você precisa ter em mente que a cidade não é sagrada apenas para você. Ela é importante tanto para cristãos como para judeus como para islâmicos. E, exatamente por isso, seguidores destas três religiões podem ser vistos conhecendo a cidade.

Na verdade, estas três grandes religiões encontraram uma forma de conviver em harmonia no lugar. Andando pelos locais mais turísticos na cidade, é possível ver judeus ortodoxos, cruzando a rua com islâmicos e andando ao lado de cristãos. Todos juntos e misturados.

Esta foto de Jerusalém exemplifica bem o que falo acima. Tirada do alto de uma sinagoga, mostra a bandeira de Israel, a torre de uma mesquita e, se você prestar atenção, atrás desta última, a torre de uma igreja cristã.

E foi este aspecto o que mais nos chamou a atenção em Jerusalém. Como não somos religiosos, não podemos dizer que sentimos aquela energia que costumamos ouvir quando alguém mais ligado à religião visita Jerusalém. Mas achamos fascinante esta mistura cultural.

segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Como ir de Tel Aviv para Jerusalém

Mesmo que seu principal foco em Israel seja Jerusalém, você, muito provavelmente, entrará no país através de Tel Aviv, já que é para lá que segue a maior parte dos voos internacionais para Israel. A boa notícia é que Tel Aviv se localiza próximo a Jerusalém.

Quem aí já sonhou em conhecer Jerusalém?

São apenas 70 Km entre as duas cidades, ligadas por uma excelente estrada (as rodovias em Israel são de ótima qualidade). E existe mais de uma opção de transporte interligando Tel Aviv e Jerusalém nos dois sentidos:

01. Ônibus: esta foi a opção que escolhemos. Com vários horários ao longo do dia, os ônibus saem do Tel Aviv Central Bus Station e a viagem costuma demorar pouco mais de 1 hora (variando para mais ou menos a depender do trânsito para se entrar em Jerusalém que, dependendo do horário, pode ser bem intenso).

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Conhecendo os Bahá´í Gardens de Haifa

Antes de falar dos jardins que encantam os turistas que visitam a cidade israelense de Haifa, é importante explicar do que exatamente se trata a Fé Bahá´í. Afinal, os jardins fazem parte da sede mundial desta religião, que, infelizmente, é tão pouco conhecida pela maioria das pessoas.

Bahá´í Gardens em Haifa, a sede mundial da Fé Bahá´í

Eu mesmo, confesso, nunca havia ouvido falar sobre esta religião. Apenas quando comecei a ler sobre Haifa, enquanto montava o nosso roteiro por Israel é que resolvi procurar saber sobre o que, exatamente, se tratava a Fé Bahá´í. Já achei incrível a sua proposta e filosofia, impressão que só se acentuou durante a nossa visita. Sem dúvida, é a religião com a qual mais me identifiquei até hoje. 

E qual o motivo de eu ter me identificado tanto? Porque, entre os seus princípios, há algo que sempre acreditei e defendi: todas as grandes religiões do mundo veneram, na verdade, o mesmo Deus (elas apenas fazem interpretações diferentes e acabam brigando por isso). E para completar, descobri que a Fé Bahá´í defende, de forma enfática, a igualdade entre todos, independente de gênero, etnia ou qualquer diferença cultural e proclama o respeito à diversidade. Tem como não achar o máximo?

E de onde exatamente surgiu esta religião?

sábado, 16 de dezembro de 2017

Como ir de Tel Aviv para Haifa

Já ouviu falar em Haifa, a terceira maior cidade de Israel?

Em geral, quando pensamos no país acabamos resumindo o mesmo a duas cidades: Jerusalém e Tel Aviv. No entanto, se pesquisarmos um poucos mais, descobriremos que Israel tem muito mais a oferecer ao turista. E, entre estas outras opções, temos a cidade de Haifa.

Localizada entre o Monte Carmelo e o Mar Mediterrâneo, Haifa é uma importante cidade portuária, que contribui bastante para a economia global do país. Possui uma população que se divide entre árabes e judeus (que, aparentemente, convivem em harmonia). E tem como característica geográfica o fato de se estender do nível do mar até o alto do Monte Carmelo, sendo, assim, composta por muitas e muitas ladeiras.

Haifa vista do alto do Monte Carmelo

Enquanto seu centro se localiza no nível mais baixo da cidade, à medida que subimos o monte, bairros residenciais cada mais mais ricos vão aparecendo. No topo do monte, o custo de vida mais abastado dos moradores daquela área, salta aos olhos.

Mas por que exatamente os turistas que visitam Israel iriam se interessar por Haifa? 

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

O que fazer em Tel Aviv: conhecendo as praias da cidade israelense

Após o relato da nossa chegada a Tel Aviv e do nosso passeio por Old Jaffa, vamos dar continuidade, neste post, ao nosso roteiro pela cidade. Na verdade, apenas passamos por mais duas atrações, HaTahana e Neve Tzedek, e seguimos logo para o local que mais ocupou o nosso tempo em Tel Aviv: a orla e suas excelentes praias.

Por do sol na praia em Tel Aviv

HaTahana é uma antiga estação ferroviária da cidade que foi completamente revitalizada para servir como local público de lazer para os moradores de Tel Aviv. Mais um exemplo de como aproveitar espaços públicos de forma inteligente, típico de países desenvolvidos. Quem dera o Brasil fizesse o mesmo com seus espaços abandonados.

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

O que fazer em Tel Aviv: conhecendo Old Jaffa

Tel Aviv é a segunda maior cidade de Israel (perdendo apenas para Jerusalém) e, provavelmente, será o seu primeiro contato com o país, já que a grande maioria dos voos internacionais para Israel chegam pelo aeroporto da cidade. E, embora muitos turistas sigam direto para Jerusalém (a apenas cerca de 55 Km do aeroporto), recomendamos que você tire pelo menos um dia para explorar Tel Aviv.

Considerada o principal centro econômico do país, a cidade é bem diferente do estereótipo de Oriente Médio que temos em mente. Com seus prédios modernos e uma orla com praias populares às margens do Mediterrâneo, Tel Aviv emite um ar cosmopolita e progressista que foge de qualquer estigma tradicional.

E, se tem uma coisa que Tel Aviv não é, é tradicional. Muito pelo contrário, a cidade se orgulha de sua luta pela igualdade, figurando, atualmente, entre um dos locais que mais respeitam as diferenças no planeta. Não à toa, é considerada  a capital LGBT do Oriente Médio e atrai inúmeras famílias homossexuais que buscam um local para morar sem restrições ou preconceito.

Pelas ruas da cidade, é comum ver casais homossexuais andando livremente de mãos dadas ou levando seus filhos para passear. E tudo isso sem segregação. Héteros, gays, trans, todos convivem livremente. E, assim, Tel Aviv se apresenta como uma ilha de tolerância em meio a uma das regiões mais conservadoras do mundo.

Mas não apenas de modernidade vive a cidade litorânea. Na extremidade sul da sua orla, é possível visitar a antiga cidade portuária de Jaffa (ou Yaffa), com seus prédios históricos. Na verdade, Jaffa, com sua população predominantemente árabe, era tudo que existia ali até o início do século XX, quando Tel Aviv começou a ser construída pelos judeus. Com o tempo, a segunda cresceu tanto que acabou absorvendo Jaffa como um bairro seu, até que, em 1950, os dois municípios se fundiram em um só.

Jaffa vista da orla de Tel Aviv

Mas como foi exatamente que chegamos a Tel Aviv e o que fizemos por lá?

sábado, 9 de dezembro de 2017

O que o turista precisa saber sobre Israel

Quando começamos a contar às pessoas que iríamos viajar para Israel era comum sermos surpreendidos por olhos arregalados e frases do tipo "vocês são loucos?". Parecia até que estávamos contando que iríamos visitar uma zona de guerra, que iríamos arriscar nossas vidas no meio da batalha entre judeus e palestinos, correndo o risco de levar uma saraivada de balas ou de ser explodidos enquanto dormíamos.

Mas, se você também tem essa imagem do país, pode ficar tranquilo. Israel está sim em constante tensão bélica com seus vizinhos, não podemos negar, mas isto não significa que ele é um país perigoso para seus visitantes. 

Na verdade, as zonas mais instáveis, no momento, são a Faixa de Gaza e a Cisjordânia (veja no mapa abaixo), áreas de predominância palestina que não pertencem, oficialmente, ao Estado de Israel, mas que estão em constante conflito com o país. De quem é a razão, não cabe a nós determinar. Mas é, obviamente, prudente, manter-se longe destas áreas e aproveitar a tranquilidade (sim! Tranquilidade) em que vive o restante do país.

Afinal, em Tel Aviv, por exemplo, as pessoas vivem, normalmente, seus dias. Trabalham, estudam, passeiam em família, vão à praia. Em Jerusalém, inúmeros turistas, do mundo inteiro, invadem a cidade com o objetivo de conhecer a antiga cidade murada, sagrada para três grandes religiões do planeta. E todos entram e saem de forma segura, acreditem!

E, como cheguei à conclusão durante esta viagem: muito mais fácil levarmos um tiro durante um assalto em alguma grande cidade brasileira do que sermos bombardeados enquanto passeamos por Israel.

Tel Aviv, uma cidade moderna e segura, às margens do Mediterrâneo

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

As praias de Santorini: Perissa e Red Beach

Para nós, brasileiros, acostumados com as nossas praias de areia branca, é curioso imaginar a existência de praias de outras cores, concordam? Mas você sabia que existem faixas de areia de cor vermelha? E de cor preta? Já tinham ouvido falar? 

Pois elas existem e podem ser encontradas em Santorini. E nós não resistimos à curiosidade de conhecê-las e dedicamos a manhã do nosso último dia na ilha a visitar Red Beach, cujo nome já deixa claro a cor da sua areia, e Perissa Beach, praia famosa pela areia de cor preta. Vizinha a esta última, há outra praia de areias negras, Kamari Beach, mas não vimos muito sentido em visitar as duas.

Red Beach
E se você está se perguntando o motivo dessas cores atípicas, lembre-se de que Santorini foi fruto de uma enorme erupção vulcânica, de modo que seus componentes geológicos tem influência direta desta atividade vulcânica ainda ativa na ilha.

domingo, 26 de novembro de 2017

Passeio de barco pela caldeira de Santorini

Se você já leu nosso post em que demos dicas sobre Santorini, já deve saber que a ilha atual foi originada a partir de uma das maiores erupções vulcânicas da história, formando, entre outras coisas, a incrível caldeira que atrai a atenção de todos os turistas que chegam a Santorini. 

A boa notícia é que a caldeira não está ali apenas para ser admirada do alto do penhasco, mas também para ser navegada. E, diariamente, inúmeros passeios de barcos deixam o porto de Fira, levando os visitantes para navegar pelas águas do Mar Egeu que preenchem a caldeira.

Há inúmeros tipos de passeios, cabendo em todos os bolsos, desde os mais simples operados por escunas até os mais exclusivos em barcos de luxo. Desta forma, os preços variam bastante indo de 20 euros por pessoa até valores acima de 100 euros.

Passeando de barco pela caldeira de Santorini

Mas antes de dar mais detalhes sobre os diferentes tipos de passeios de barco, vamos explicar como chegar ao Old Port, localizado em Fira e de onde partem a maior parte dos barcos que fazem a navegação pela caldeira.

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Conhecendo as vilas de Santorini: Fira, Imerovigli e Oia

Um dos mais deliciosos programas para se fazer em Santorini é explorar e se perder pelas ruas das vilas da ilha que foram construídas no penhasco de frente para a caldeira: Fira (a capital), Imerovigli e Oia (a mais popular). Já expliquei as diferenças básicas entre elas em outra postagem. Aqui, irei me deter na experiência que vivemos em cada uma delas.

Caso você já tenha visto alguma foto de Santorini, certamente, passou a sonhar em conhecer de perto aquelas casinhas típicas construídas na encosta do penhasco, intercalas por igrejas ortodoxas gregas de teto azul e moinhos de vento antigos. Pois realizar este sonho é plenamente possível quando você se permite caminhar por uma das três vilas citadas.

Oia, a vila mais popular de Santorini

Como queríamos aproveitar da forma mais tranquila possível a ilha, não montei um roteiro prévio que engessasse o nosso tempo. No entanto, já sabia de antemão que, sem dúvida, iria querer passear pelas vilas, especialmente por Oia, considerada a mais bonita por vários turistas (embora tenhamos, particularmente, achado as três imperdíveis). Sendo assim, fomos e voltamos mais de uma vez para Oia e, como estávamos hospedados em Fira, acabamos explorando-a mais de uma vez.

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

O que é preciso saber sobre Santorini

Começo esta postagem dizendo algo que, admito, não deveria falar para não aumentar demais as expectativas de quem pretende viajar para lá. Mas não tem como... preciso falar: Santorini é o meu lugar preferido no mundo!!

O motivo? Tudo naquela ilha me encanta, desde a incrível composição visual de suas casinhas típicas incrustadas no penhasco sobre o inebriante Mar Egeu, até o curioso fato de estarmos no meio da cratera de um vulcão submerso, passando pelo inigualável por do sol visto a partir da ilha. Como se não bastasse, excelente gastronomia, hotéis aconchegantes e passeios de barco incríveis.

Tudo isso  constrói uma atmosfera perfeita para quem quer passar alguns dias relaxando, sem se importar com o relógio, esquecendo-se em que dia da semana se encontra e deixando todos os problemas de lado. Santorini é aquele lugar que faz até mesmo um turista hiperativo como eu querer passar mais dias do que o programado por lá nem que seja para apenas "gastar" o tempo parado em frente à caldeira, apreciando a vista, enquanto aguarda o crepúsculo para, mais uma vez, sentir a emoção de mais um por do sol.

Agora me falem se um lugar assim não beira a perfeição?


Passamos duas noites na ilha e, confesso, queríamos muito ter passado pelo menos mais uma. Santorini, sem dúvidas, é o lugar perfeito para recarregar as energias.

terça-feira, 17 de outubro de 2017

As praias de Mykonos

Mykonos não se resume apenas às suas charmosas casinhas brancas, aos seus famosos moinhos e às suas noites de festa. A ilha, como não poderia deixar de ser, possui belas e agradáveis praias. E são muitas as opções, sendo aquelas localizadas mais próximas à capital Chora, as mais visitadas.

E há praias que atendem a vários gostos. Praias de nudismo (como a Paraga), praias voltadas ao público LGBT (como a Elia), praias  com clubes, cujas festas viram a noite (como a Paradise e a Super Paradise), praias inabitadas, praias com estrutura de hotéis e restaurantes. 

Paraga Beach

Mas algo comum a todas elas é o frio das suas águas. Mesmo no verão, a temperatura do mar é baixa e tem que estar fazendo muito calor para termos coragem de encarar. Na época em que visitamos (maio), até teria dado para entrar na água se não tivesse sido a ventania insuportável que insistia em diminuir a sensação térmica. Visitamos, ao todo, três praias e, em todas, fui com a esperança de encontrar menos vento para, assim, conseguir entrar no mar, mas, infelizmente, não demos sorte. De qualquer modo, valeu para conhecer as belas praias da ilha.

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Explorando Chora, a charmosa capital de Mykonos

Chora (ou simplesmente Mikonos) é a principal cidade (ou seria vilarejo?) da famosa ilha cíclade grega. E você provavelmente já deve ter visto alguma foto mostrando as ruas estreitas e sinuosas que separam as charmosas e típicas casas brancas de primeiro andar, com suas portas e janelas, em sua maioria, pintadas de azul. Se viu, já deve ter se imaginando caminhando pelo local, escolhendo alguma taverna grega para almoçar por ali (de preferência de frente para o Mar Egeu) e se fotografando sentado na escadaria de alguma daquelas casinhas. Sem dúvida, uma vez estando em Mykonos, você fará tudo isso. Afinal, Chora é a grande atração da ilha.

Chora, a capital de Mykonos


Queria morar aqui...

Chegamos a Mykonos. vindos de avião diretamente de Atenas (na verdade, já contamos como foi nossa chegada e demos dicas de outras formas de se chegar à ilha no post em que fornecemos algumas dicas práticas sobre Mykonos). Estávamos no início da manhã e, após deixar nossas coisas no hotel, saímos em direção ao delicioso centro de Chora.

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Dicas práticas sobre Mykonos

Nós sabemos que a Grécia é recheada de ilhas espalhadas pelo seu litoral (são milhares delas), mas na hora de escolher, Mykonos costuma ser uma das primeiras opções entre os turistas. Motivo para a chamada Ilha dos Ventos ser tão famosa não são poucos: suas típicas casinhas brancas, com janelas e portas azuis, separadas por estreitos caminhos de pedra; as inúmeras praias de água azul e cristalina espalhadas por suas costa; sua vida noturna agitada que faz a alegria dos que procuram badalação. E, assim, a ilha agrada a todo tipo de turista, desde os que procuram apenas tranquilidade até os que buscam agitação.

Queríamos morar numa dessas casinhas brancas com portas azuis de Mykonos


Fazendo parte do arquipélago das ilhas cíclades, juntamente com Santorini, outra famosa e disputada ilha grega, Mykonos tem como vantagem sobre a segunda o fato de suas praias serem mais bonitas e mais propícias para o banho. O único problema mesmo será o frio das suas águas, de modo que, fora do alto verão, o turista acabará desencorajado a entrar na água (nós, por exemplo, visitamos a ilha no mês de maio e, embora o clima estivesse agradável e andássemos sempre de bermuda e camiseta, os fortes ventos associados ao frio da água, acabaram por nos fazer desistir de tomar banho de mar em todas as praias que visitamos).

Além disso, as praias de Mykonos prezam pela diversidade. De praias voltadas para o público LGBT até prais de nudismo, a ilha acaba mesmo agradando todo e qualquer turista.

Portanto, muito provavelmente, você acabará incluindo Mykonos no seu roteiro pela Grécia e, como forma de ajudá-lo, vamos dar, abaixo, algumas dicas práticas sobre a ilha:

terça-feira, 19 de setembro de 2017

Já ouviu falar em Nafplio, a primeira capital da Grécia?

Para quem pensa que a Grécia é só ruínas arqueológicas e ilhas, saiba que o país também conta com outros atrativos, como charmosas e pitorescas cidades que encantam pelas ruas ladeadas de casas antigas com varandas floridas e restaurantes e cafés com suas mesas ao ar livre. Afinal, a Grécia não seria tão diferente assim do restante do continente europeu, não é mesmo? E uma destas cidades é a encantadora Nafplio, localizada entre montanhas e às margens do Mar Egeu, na  Argólida, região do Peloponeso.

Grafada das mais diversas formas (Nafplion, Nauplia, Nafplio), vou preferir utilizar o termo como o nome é pronunciado: Nafplio (pronuncia-se o f).

A cidade não é grande, tem pouco mais de 30 mil habitantes, mas carrega o peso histórico de ter sido a primeira capital da Grécia (de 1821 a 1834), após o país conseguir a sua independência do Império Otomano (os gregos foram subjugados tanto pelo Império Romano quanto pelo Otomano, o que justifica a presença de inúmeras referências aos dois impérios pelo país). Hoje, Nafplio se contenta em ser a capital da Argólida.

Nafplio, a capital da Argólida

Como a cidade não é grande e o número de atrações turísticas é restrito, um dia pode ser suficiante para conhecê-la. Mas, sinceramente, acho que Nafplio merece mais do que isso. Primeiro porque ela tem uma atmosfera apaixonante que vai fazer você se arrepender de passar pouco tempo por lá. Segundo porque você pode utilizar a cidade como base para conhecer alguns famosos sítios arqueológicos do Peloponeso, como Epidauro (localizado a 30 minutos de carro), Micena e Argos (localizadas a 20 minutos de carro).

Falando assim, até parece que nós passamos um dia inteiro ou até pernoitamos por lá, não é mesmo? Mas, infelizmente, passamos apenas algumas poucas horas em Nafplio. E é por isso mesmo que falo que você irá se arrepender de passar tão pouco tempo na cidade. Na verdade, a culpa desse curto período nem foi nossa, mas sim da empresa de ferry que nos levou da ilha de Zakynthos de volta ao continente (mas já contei o que aconteceu em outra postagem). O que importa é que acabamos ficando com o nosso tempo bem curto e, pela lógica, nem deveríamos mais ter ido até Nafplio. Mas como já estávamos ali pertinho (conhecendo Epidauro) e sol ainda não havia sumido no horizonte, nos perguntamos porque não ir até a cidade e jantar por lá. E, assim, não pensamos duas vezes.

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Conhecendo Epidauro, o "centro médico" da Grécia Antiga

Quando comecei a pesquisar quais lugares poderíamos conhecer enquanto dirigíamos pelo Peloponeso e me dei conta de que as opções de sítios arqueológicos eram inúmeras, veio a dúvida: quais deles conhecer? Corinto? Micenas? Argos? Epidauro? Não teríamos tempo para conhecer todos e Olímpia acabou sendo a opção escolhida para o primeiro dos dois dias de passeio pela península. Mas qual sítio conhecer no segundo dia?

Conheceríamos esta segunda zona arqueológica no retorno para Atenas, após voltar da ilha de Zakynthos e, se fôssemos seguir a lógica, teríamos escolhido Corinto por estar exatamente na rota que seguiríamos. Mas desde quando é a lógica que define as nossas escolhas quando viajamos?

E dois fatores acabaram me fazendo decidir por Epidauro: saber que é la que fica o teatro antigo mais preservado da Grécia; e descobrir que a antiga cidade funcionava como uma espécie de centro médico para os gregos antigos, que, uma vez doentes, seguiam para lá em busca dos poderes de cura do deus Asclépio. E esta relação com a minha profissão acabou me atraindo para Epidauro. E, felizmente, não me arrependi!

O impressionante e super bem preservado Teatro de Asclépio, localizado no sítio arqueológico de Epidauro

domingo, 10 de setembro de 2017

Mais de Zakynthos: Porto Limnionas, Porto Roxa e Keri Beach

Não há nenhuma dúvida de que Navagio Beach é a grande atração de Zakynthos, mas, como já expliquei em outra postagem, não é a única. E nós não perdemos a chance de conhecer outros locais da ilha, dentro do tempo que tivemos.

Conhecendo Porto Limnionas


Localizada a cerca de 22 Km de Navagio Beach, também na costa oeste da ilha, Porto Limnionas acaba sendo um passeio combinado perfeito após a sua visita à primeira praia. O local é super procurado para banho e também para se apreciar o por do sol, além de ser mais um ponto de grande beleza da ilha de Zakynthos.

E, ao contrário de Navagio Beach, tem uma certa estrutura, graças a um restaurante (o único) que funciona no local: A Taverna Porto Limnionas. Há também algumas espreguiçadeiras e guardas-sol na praia.

Porto Limnionas

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Conhecendo Navagio Beach, a praia mais bonita da Grécia

Deixe-nos começar contando uma pequena história para vocês:

Era dia 2 de outubro, no início da década de 80, quando uma tempestade atingiu o Mar Jônico e a costa litorânea da ilha de Zakynthos. Péssimo dia para contrabandistas fugirem das autoridades gregas. Mas, por motivos que nunca saberemos, os criminosos escolheram exatamente este dia para, a bordo do barco de carga MV Panagiotis, contornar o litoral de Zakynthos, levando um contrabando não apenas composto por cigarros e vinhos como também de mulheres. E, se a polícia não conseguiu prendê-los, a tempestade daquele dia não os deixou fugir. Talvez Poseidon, o deus grego dos mares e oceanos, tenha se irritado com os criminosos, enviando a tormenta que atrapalhou a sua visibilidade marítima, fazendo o barco encalhar em uma praia paradisíaca isolada por uma enorme formação rochosa calcária que impedia o acesso por terra. E, até hoje, a carcaça do barco fugitivo encontra-se encalhado nas areias brancas da praia, chamando a atenção do mundo para o lugar, cujo vívido e cintilante azul do mar envolto pelas belas falésias de calcário encanta todo e qualquer visitante. A praia ficou conhecida como Navagio Beach (ou Shipwreck Beach em referência ao seu famoso barco) e tornou-se protagonista desta história que a elevou ao patamar de destino dos sonhos de milhares de turistas ao redor do planeta. Parece que Poseidon não queria que uma praia de tamanha beleza continuasse oculta aos olhos do mundo.

E, hoje, quando um turista resolve viajar para a Grécia, é comum colocar a bela praia com seu pitoresco barco encalhado em seu radar. Mas nem sempre visitá-la se torna possível, considerando a distância para a capital do país e para as demais ilhas gregas. De todo modo, não é tão difícil chegar à ilha, seja de barco ou de avião. Mas isto já detalhamos no post "Como chegar a Zakynthos".

A incrível Navagio Beach. Na faixa de areia, lá embaixo, é possível ver a carcaça do barco fugitivo 

Neta postagem, vamos dar detalhes e dicas sobre Navagio Beach e contar como foi a nossa experiência visitando esta praia que entrou para a nossa lista de paisagens mais bonitas do planeta.

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Onde se hospedar e o que fazer em Zakynthos

Zakynthos (ou Zante) costuma estar associada apenas à famosa praia de Navagio Beach, o que pode gerar a equivocada impressão de que  ilha só tem isso para fazer. Na verdade, a ilha não é tão pequena como se pode imaginar. São cerca de 405 Km quadrados, envoltos de belas praias e ocupados por 6 pequenas cidades, entre elas a capital que leva o mesmo nome da ilha: Zakynthos (ou Zakynthos Town para evitar confusão).

Entre as cidades, muito verde, inúmeras plantações de oliveiras (a ilha não ia ficar de fora do principal produto cultivado no país), montanhas e várias fazendas de subsistência familiar. E, obviamente, várias praias, compondo uma costa litorânea de cerca de 126 Km.

Portanto, é preciso ter em mente que você precisará escolher o melhor local para se hospedar, assim como a melhor forma de se locomover pela ilha, além de escolher que lugares visitar, caso não queira ficar restrito apenas a Navagio Beach. E, agora que você já sabe como chegar a Zakynthos (ainda não leu o post em que explicamos como ir até a ilha?), vamos dar algumas dicas de hospedagem, locomoção e passeios na ilha.


Porto Limnionas, mais uma bela praia de Zakynthos

Onde se hospedar em Zakynthos?


Como falei, anteriormente, há seis pequenas cidades na ilha, mas, na nossa opinião, o melhor local para se hospedar é a capital, Zakynthos Town. Afinal, é lá que se localiza tanto o aeroporto da ilha quanto o porto que a liga ao continente. Também é, na cidade, onde se concentram locadoras de veículos, agências de turismo e restaurantes. Além de concentrar o maior número de hotéis.

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Como chegar a Zakynthos

Já ouviu falar em Zakynthos (também conhecida com Zante), ilha grega famosa em decorrência da beleza de sua principal praia, a Navagio Beach? Se nunca ouviu falar, garanto que irá colocá-la como destino dos sonhos na Grécia após ver a foto abaixo:

Esta é Navagio Beach, considerada uma das praias mais bonitas do mundo e localizada na ilha de Zakynthos

Pois é!! Visitar este paraíso é possível se você estiver passeando pelo país berço da civilização ocidental. E, certamente, se você sonha em conhecer as tão faladas ilhas gregas, Zakynthos deve ser considerada como parte do seu roteiro. Mas temos um problema: você, provavelmente, irá querer incluir também outras ilhas gregas no seu trajeto, como as famosas Santorini e Mykonos, destinos super populares no país. E por que isto é um problema? Zakynthos se localiza em uma área completamente diferente das outras duas.

domingo, 3 de setembro de 2017

Como chegar e o que conhecer em Olímpia, na Grécia

Você gosta de acompanhar os Jogos Olímpicos? Se sim, você deve saber que os mesmos tiveram origem na Grécia Antiga, não é mesmo? Olímpia foi a cidade onde as primeiras Olimpíadas foram sediadas já lá no século VIII a.C. (isto mesmo: eu disse "antes de Cristo"). Já pensou em pisar no exato local onde a tradição do espírito olímpico teve início? Pois é! Isto é plenamente possível em uma viagem à Grécia, já que o sítio arqueológico de Olímpia está lá, aberto à visitação não apenas aqueles que gostam do tema mas também aos que amam história.

O Sítio Arqueológico de Olímpia

Os Jogos Olímpicos da Antiguidade já tinha uma configuração bem semelhante à atual, já que unia, em um mesmo local, atletas provenientes de diferentes cidades-estado da Grécia para disputarem diversas modalidades entre si, a cada 4 anos. Inclusive, uma trégua era estabelecida entre as cidades inimigas apenas para a realização dos jogos. Entre as modalidades, algumas existem até hoje, como corridas, lançamento de disco, saltos à distância e luta livre. Já outras eram apenas características da época, como a corrida de bigas.

Mas, diferente do que ocorre atualmente, os Jogos Olímpicos da Antiguidade representavam também uma homenagem aos deuses do Olimpo, especialmente, a Zeus. E, não à toa, Olímpia foi sede de uma enorme estátua de Zeus localizada no templo da cidade dedicado ao mesmo. Você, inclusive, já deve ter ouvido falar nessa estátua. Afinal, ela era uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo, tendo sido construída por Fídias, um dos mais famosos escultores da Grécia Antiga. Pensando bem, ainda bem que, atualmente, o caráter religioso não está mais associado às Olimpíadas. Já imaginou a confusão que daria entre os diferentes povos, cada um achando a sua religião mais importante do que a do outro?

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Dirigindo pelo Peloponeso: o nosso primeiro dia na Grécia

O Peloponeso permeava vagamente a minha memória desde as aulas de história no colégio (alguém lembra da Guerra do Peloponeso?), mas confesso que nunca havia pensado em percorrer a região, muito menos de carro. No entanto, quando compramos a nossa passagem para Atenas e vimos que teríamos 9 dias na Grécia, automaticamente, colocamos como prioridade uma das ilhas do país: Zakynthos (queríamos muito conhecer a famosa Navagio Beach).

O problema é que, quando fomos pesquisar a melhor forma de se chegar à ilha partindo de Atenas, o avião pareceu a escolha óbvia, já que nos pouparia tempo. No entanto, apenas aeronaves muito pequenas voam para a ilha e  quem nos conhece sabe que o nosso medo de avião não nos impede de viajar pra lá e pra cá, mas entrar em um aviãozinho com mais chance de turbulência nem pensar. Opção, rapidamente, descartada.

Foi, então, que percebemos que as ruínas de Olímpia, berço dos Jogos Olímpicos, que queríamos conhecer, localizava-se em pleno Peloponeso, a cerca de 1 hora do porto de Killini, de onde partem os ferries para Zakynthos. Então, por que não alugar um carro e partir dirigindo de Atenas, cruzando o Peloponeso rumo a Olímpia e, de lá, seguir até o porto? Afinal, o carro pode ser levado no ferry e, na própria ilha, ele seria necessário.

Decidimos, assim, pelo carro. Na ida, pararíamos em Olímpia, conheceríamos seu sítio arqueológico e, depois, seguiríamos para o porto, chegando, durante a noite, em Zakynthos. Na volta, cruzaríamos o Peloponeso no sentido inverso, em direção a Atenas. Foi aí que, com a decisão tomada, inevitavelmente, comecei a pesquisar sobre o Peloponeso e me encantei com a quantidade de atrações espalhadas pela região, as quais, infelizmente, não teríamos tempo para conhecer.

Vilarejo incrustado em uma das montanhas da Arcadia, região do Peloponeso

domingo, 27 de agosto de 2017

Refletindo sobre a Grécia

A Grécia deveria ser um destino obrigatório na lista de qualquer viciado em viagens. O país, com os seus 15 mil quilômetros de litoral e o seu arquipélago de cerca de 3 mil ilhas, oferece uma infinidade de atividades, paisagens e passeios que, dificilmente, desagradará o turista mais exigente. De praias deslumbrantes a ruínas históricas, de ilhas paradisíacas a templos milenares, a Grécia encanta tanto quem ama praia e natureza quanto quem se deslumbra com museus e história.

Santorini, na Grécia

Berço da civilização ocidental, os gregos antigos moldaram muito (ou quase tudo) do que vivemos no mundo contemporâneo. Passando pelas artes, pela filosofia e pelas ciências, a Grécia Antiga criou a base para o padrão de sociedade ocidental que conhecemos hoje. E isto fica evidente quando analisamos com calma os diversos museus e sítios arqueológicos espalhados pelo país. Na Grécia, a Medicina teve sua base, a Política foi desenhada como a conhecemos hoje, e até as Olimpíadas foram criadas. Passear pelo país é desbravar o nosso passado, é refletir sobre a origem dos nossos hábitos e tradições, é ficar cara a cara com a origem da civilização moderna.

sábado, 12 de agosto de 2017

Conhecendo o Deserto do Catar

Só tínhamos um dia inteiro em Doha, mas considerando a proximidade da cidade com o deserto do Catar (a cidade foi construída praticamente às margens do mesmo), não pensamos duas vezes em reserva parte do dia para fazer um tour pelas areias desérticas do país. Afinal, nunca havíamos antes conhecido um deserto e esta seria a oportunidade perfeita.

Deserto do Catar


Desta forma, dividimos o nosso dia assim: passamos a manhã percorrendo alguns dos principais pontos turísticos de Doha e, após o almoço, fizemos o tour pelo deserto.

Para conhecer o deserto, você precisará reservar o passeio com alguma agência local, optando pelo chamado Desert Safari (forma como eles chamam esse tour por lá). Escolhemos a Arabian Adventures Qatar. Tem um serviço eficiente que não nos desapontou. O guia não era um poço de simpatia, mas nos tratou bem (tem que se considerar a barreira linguística, claro), o serviço foi pontual e percebemos uma necessidade em sempre nos agradar.

Na hora de escolher o tour pelo deserto, há mais de uma opção. Você pode escolher o passeio de dia inteiro, que dura cerca de 7 horas (inviável para o nosso tempo) ou o de metade do dia, que dura cerca de 4 horas (entre a saída do hotel e o retorno à cidade), permitindo ainda que você escolha o turno, se pela manhã ou à tarde. Escolhemos o tour da tarde por um motivo óbvio, a possibilidade de se ver um pouco do pôr do sol no deserto. Não que a empresa vai te deixar ali por muito tempo sentado tranquilamente em uma duna para ver o sol se despedindo. Mas deu para ficar satisfeito com o que tivemos oportunidade de ver.

domingo, 6 de agosto de 2017

Visitando alguns pontos turísticos de Doha

Chegamos a Doha no início de uma noite de fevereiro vindos de Cape Town em um voo da Qatar Airways. Logo no desembarque, nos chamou a atenção o fato de sermos, juntos com outras duas pessoas, os únicos passageiros a não seguir para a área de conexão, reforçando o fato de que aquele aeroporto tem mesmo um importante papel de hub na região. Sorte a nossa que pegamos uma fila minúscula na imigração e não tivemos que disputar os pontos turísticos com centenas de outros turistas.

Do aeroporto, seguimos direto para o nosso hotel de táxi, que já abocanhou grande parte do dinheiro que havíamos trocado. Até hoje não me conformo com o absurdo do valor que deu aquela corrida!! Ainda bem que descobri no dia seguinte que o taxímetro para transitar pela cidade parte de um valor bem mais baixo do que o dos táxis que saem do aeroporto. Mas conto tudo sobre o transporte na cidade e tiro outras dúvidas, como a moeda local e a imigração, em um post específico sobre dicas gerais de Doha.


Ainda era cedo da noite, mas estávamos bem cansados e preferimos já ir dormir. Até porque o quarto era maravilhoso e a cama, super confortável, exerceu um efeito quase magnético sobre nós. Foi um sono merecido e, no dia seguinte, já estávamos dispostos para explorar tudo que pudéssemos na capital do Catar.

O Museu de Arte Islâmica (MIA) e o MIA park

Aproveitando o Wifi do hotel, solicitamos um Uber e, logo estávamos seguindo para o nosso primeiro destino: o Museu de Arte Islâmica, um dos principais pontos turísticos da cidade. No caminho, a luz do dia confirmava o que já havíamos percebido na noite anterior: Doha é uma cidade moderna, limpa e organizada. Ao mesmo tempo, chamava a atenção as inúmeras obras espalhadas pela cidade, com o objetivo de deixar tudo pronto para receber a Copa do Mundo de Futebol de 2022.

Museu de Arte Islâmica

domingo, 23 de julho de 2017

Tirando dúvidas sobre Doha, a capital do Catar

Quando emitimos nossas passagens para a África do Sul, percebemos que o retorno, pela companhia Qatar Airways, nos proporcionaria uma noite em Doha, devido a longa conexão na cidade. No entanto, não pensamos duas vezes, quando uma alteração no horário dos voos, nos permitiu fazer mudanças em qualquer dos trechos e logo optamos por aumentar o tempo de conexão, passando duas noites na capital do Catar.

Doha, a capital do Catar


Com o aeroporto de Doha, considerado um dos melhores do mundo, servindo de hub no Oriente Médio e com a Qatar Airways sendo considerada uma das melhores companhias aéreas do planeta, tem sido comum a presença de turistas ocidentais no país, aproveitando as conexões na cidade.

O aeroporto de Doha e o famoso urso que adorna o saguão central da área de embarque


O aeroporto de Doha estampa, com orgulho, o fato de estar entre os 10 melhores aeroportos do mundo


Além disso, nota-se um esforço do país em estimular este turismo, especialmente, pelo fato da cidade ter sido escolhida para sediar a Copa do Mundo de futebol de 2022. É possível ver obras por todos os lados de Doha, numa visível modernização da cidade e melhoria da sua infraestrutura (que já é muito boa, aliás), com a construção, por exemplo, de um sistema de metrô.

Muitas dúvidas, no entanto, surgem quando o destino em questão se localiza no Oriente Médio. Os relatos frequentes de conflitos vindos da região e o receio em relação aos costumes e hábitos rigorosos dos países ali localizados acabam afastando uma parcela considerável de potenciais turistas. Adiantamos, no entanto, que o Catar, em específico, é um país muito tranquilo a ser visitado.

Abaixo, listamos e respondemos uma série de dúvidas que podem estar relacionadas ao país:

domingo, 16 de julho de 2017

O que fazer em Knysna, na África do Sul?

Como já relatamos no post sobre a Garden Route, nós escolhemos a cidade de Knysna para ficarmos hospedados na região, enquanto conhecíamos as atrações dos arredores, como o Tsitsikamma National Park (que ganhou um post só para si), além de conhecer algumas atrações da própria cidade.

A cidade, na verdade, é pequena, contando com pouco mais de 75 mil habitantes, e sua principal característica geográfica é o Lago Knysna em torno do qual a cidade está disposta. O lago, por sua vez, comunica-se com o Oceano Índico através de duas formações rochosas, conhecidas como as Heads de Knysna. São elas, a principal atração turística da cidade em si, valendo muito à pena visitar o topo da head ao leste (a East Head), de onde se tem uma excelente vista da cidade e do mar.

O lago de Knysna visto do topo da East Head. 


Do ponto de vista gastronômico, Knysna é famosa por suas ostras e conta com um grande festival anual conhecido como Knysna Oyster Festival, que costuma ocorrer entre junho e julho, levando inúmeros turistas à região.

As Heads de Knysna: East Head (com mais construções na sua extremidade) e a West Head (mais deserta). Entre as duas heads, está o estreito que liga o lado da cidade (não visto a partir do ângulo desta foto) ao Oceano Índico

sábado, 15 de julho de 2017

Visitando o Tsitsikamma National Park

Este parque de nome esquisito corresponde a uma das principais reservas naturais localizadas ao longo da Garden Route sul-africana e, junto com outras reservas da região, como o Wilderness National Park, forma o Garden Route National Park. Como grande destaque do parque, tem-se os 80 Km de costa litorânea que separa o Oceano Índico da densa e diversificada vegetação que abriga diversas espécies de animais. 

O Tsitsikamma National Park

Dá para imaginar, portanto, que o Tsitsikamma National Park não apenas permite vistas e paisagens deslumbrantes, como também permite um intenso contato com a natureza selvagem, além de ser um local ideal para quem curte esportes radicais. A famosa Bloukrans Bridge, por exemplo, onde funciona o mais alto bungee jumping de ponte do mundo, localiza-se bem próximo à reserva natural.

Áreas de camping estão disponíveis aos visitantes que optarem por permanecer mais dias curtindo a natureza do parque. Inúmeras trilhas estão disponíveis, podendo ser realizadas através de caminhadas que permitem vistas estratégicas da região e o contato com cachoeiras, além de existirem a opção de cavalgadas ou de seguir de 4x4 pelo parque (terminando, neste caso, em um passeio pelas dunas de uma das praias do local).

O Storms River, por sua vez, corta o Tsitsikamma National Park, permitindo a realização de esportes aquáticos de aventura. Na verdade, o rio deságua no Oceano Índico exatamente dentro do parque e a área em torno do chamado Storms River Mouth corresponde a uma das mais populares entre os turistas.

Como planejar uma viagem pela Garden Route na África do Sul

Ao iniciar nossas pesquisas sobre a África do Sul, nos deparamos com uma popular atração turística do país: a Garden Route (ou Rota Jardim), que leva este nome devido à diversidade da vegetação que acompanha as suas margens. Correspondendo a um trecho de cerca de 350 Km da rodovia N2 (que cruza o país de leste a oeste, unindo a Cidade do Cabo ao outro extremo da África do Sul), a Garden Route segue pela costa litorânea do sul do país, passando por belas praias, aconchegantes cidades e paisagens de tirar o fôlego.

Parte da paisagem que se tem ao longo da Garden Route. Estas flores rosas são comuns em alguns trechos da estrada, assim como as vastas plantações de pinheiros.


Do lado oposto ao mar, não é raro se deparar com montanhas e colinas que permitem turismo ecológico e de aventura (e é no trajeto na Garden Route que se localiza o mais alto bungee jumping de ponte do mundo). O Tsitsikamma National Park, com suas trilhas, cachoeiras e locais para acampamento também se localiza no seu caminho. E ainda é possível encontrar reservas naturais especializadas na proteção e cuidado de animais selvagens, incluindo santuários de elefantes, primatas e felinos.

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Como foi a nossa experiência no Game Reserve Garden Route

Quando saímos de Cape Town rumo à Garden Route sul-africana, escolhemos duas paradas pelo caminho: a surpreendente cidadezinha de Hermanus e o Game Reserve Garden Route. Este último tinha um objetivo bem óbvio: nos proporcionar a experiência de um safári na África do Sul. Já falamos sobre as diferenças entre um safári típico em uma grande reserva como o Kruger Park e nas menores game reserves espalhadas pelo país. Agora é hora de relatar a nossa experiência em si.

No Game Reserve Garden Route

Saímos de Hermanus em torno do meio-dia, com o objetivo de chegar, no máximo, às 14 horas no Game Reserve Garden Route. Afinal, teríamos o nosso primeiro game (como é chamado, localmente, o safári) ainda no final daquele dia. A reserva localiza-se na cidade de Albertinia, a cerca de 4 horas de carro a partir de Cape Town. Na verdade, você nem chega a ver a cidade em si, já que a entrada da reserva está exatamente na rodovia N2.

No caminho entre Hermanus e a game reserve

O Game Reserve Garden Route conta com um hotel próprio no local, com diferentes opções de quarto, desde os mais econômicos (que já são muito bons) até os mais luxuosos e os que funcionam como chalés com direito à varanda com vista para a vida selvagem. Nós escolhemos o mais econômico, que fica localizado próximo à área da piscina, e que já inclui, no valor da diária, os dois games (um no final do primeiro dia e outro do início do segundo), o jantar e o café-da-manhã. Tudo por 600 reais por pessoa. Pela qualidade de todo o serviço, achamos o preço muito bom. Fizemos a reserva no site oficial do próprio hotel (o pagamento é feito no cartão de crédito na hora da reserva).

O que você precisa saber para fazer um safári na África do Sul

Quando confirmamos a nossa viagem para a África do Sul, a primeira coisa que pensamos foi: "Nós temos que fazer um safári!!". A ideia de sair em um jipe por uma reserva natural africana em busca dos animais que povoam a nossa imaginação era atraente demais para ser ignorada. Nossa viagem, no entanto, se concentraria no sul do país, enquanto é, no norte (já próximo à fronteira com Moçambique), que se localiza o Kruger Park, principal local para se fazer um safári na África do Sul.

Com seus quase 20 mil quilômetros quadrados, a reserva corresponde a maior área protegida de fauna do país, sendo permitida apenas a observação e a fotografia dos animais. A caça é, obviamente, proibida por ter se tornado a principal causa da extinção de várias espécies sul-africanas. A população de rinocerontes no país, por exemplo, sofreu um queda drástica devido à caça ilegal nas últimas décadas. Pois é! Infelizmente, mesmo sendo proibida, ainda há caçadores que conseguem driblar a segurança das reservas naturais. Sinceramente, não entendemos como alguém tem coragem de assassinar animais apenas por dinheiro ou por "prazer" (entre aspas mesmo).

Mas bastou dar uma olhada no mapa da África do Sul e pesquisar um pouco na internet, para percebermos que seria inviável conhecermos o Kruger Park nesta viagem. Se fôssemos a Joanesburgo ou Pretória ficaria bem mais fácil (e olha que são mais de 500 Km separando estas cidades do parque), mas com os dias que tínhamos disponíveis não teria como. 

No entanto, logo encontramos uma forma de não eliminar completamente a experiência de um safári do nosso roteiro: visitar uma game reserve relativamente próxima a Cape Town. Mas o que exatamente é isso?

Conhecendo um rinoceronte na África do Sul

sexta-feira, 23 de junho de 2017

Hermanus, a cidade sul-africana das baleias

Hermanus é uma pequena cidade litorânea da África do Sul localizada a cerca de 120 Km de Cape Town, na costa sul do país. E a sua maior atração são as baleias que visitam as suas praias durante o inverno, fugindo das baixas temperaturas do mar da Antártida. As baleias podem ser vistos da própria orla da cidade, sem nem mesmo precisar pegar um barco (a não ser que você queira vê-las mais de perto, claro). E, assim, quase tudo na cidade tem os maiores mamíferos do mundo como referência, desde o nome de estabelecimentos até um museu sobre estes animais.

Mas a cidade não recebe turistas apenas no inverno, com o objetivo de avistar as baleias, mas também durante o verão. Afinal, é uma cidade litorânea e, como tal, bem servida de belas praias e um ótimo destino para quem quiser um lugar tranquilo para curtir o verão sul-africano.

A linda e agradável Hermanus, entre o mar e as montanhas


Na verdade, Hermanus surgiu no nosso roteiro meio que por acaso. Eu nunca havia ouvido falar sobre a cidade e estava pesquisando um local para dormir no meio do caminho entre Cape Town e o Game Reserve que conheceríamos no dia seguinte (Game Reserve são pequenas reservas espalhadas pelo país, onde é possível ter uma experiência de safári). Hermanus acabou surgindo como a melhor opção para nós. E a cidade acabou se mostrando uma excelente escolha.

terça-feira, 20 de junho de 2017

Boulders Beach, a praia dos pinguins africanos

Como parte da nossa visita ao Cabo da Boa Esperança, não tinha como deixarmos de fazer uma parada na incrível Boulders Beach. Afinal, a praia localiza-se no caminho e é habitat de uma colônia inteira de pinguins africanos. Tinha como não querer conhecer estes graciosos animais?

Boulders Beach e sua colônia de pinguins africanos

Já explicamos como organizamos o nosso trajeto e as nossas paradas, no dia em que visitamos o Cabo da Boa Esperança, em outro post. E, como já contamos lá, deixamos a Boulders Beach, localizada na costa leste da península, para o retorno, após a nossa incrível visita ao Cape of Good Hope. O tempo de viagem entre o Cabo e a praia foi de cerca de 30 minutos de carro.

Boulders Beach se localiza, na verdade, em uma pequena cidade, chamada Simon´s Town. Como toda cidade litorânea que vimos pelo país, ela, embora pequena, tem boa estrutura, com excelentes casas de praia, convidativas para quem quer morar ou apenas passar um fim de semana na praia.

sábado, 17 de junho de 2017

Tudo sobre o Cabo da Boa Esperança

Nosso quarto dia em Cape Town foi dedicado a visitar o Cabo da Boa Esperança e as atrações que existem pelo caminho. Já contamos em outro post como organizamos o nosso trajeto. Também já relatamos o início do passeio, passando por Hout Bay e dirigindo pela impressionante Chapman´s Peak Drive. Agora vamos dar os detalhes da nossa visita ao Cape of Good Hope.

Quem nunca ouviu falar no Cabo da Boa Esperança nas aulas de história, não é mesmo? Foi o português Bartolomeu Dias, durante a era das navegações, que descobriu o cabo em 1488, enquanto procurava o caminho para as Índias. Devido às tempestades que assolavam a região, tornando perigoso para as navegações contornarem o cabo, ele foi apelidado, na época, de Cabo das Tormentas.

Cabo da Boa Esperança

E, hoje, ele representa um dos pontos turísticos mais populares da África do Sul. Não apenas pelo seu valor histórico, mas também pela sua beleza natural. Aliás, esta beleza acompanha todo o trajeto até lá. Quando saímos da Chapman´s Peak Drive e seguimos em direção ao Cabo, a vontade era de parar em vários pontos da estrada para apreciar as paisagens ao redor. Os caminhos iam passando por praias desertas e por pequenas cidades litorâneas que eram um convite a uma visita. Mas tivemos que manter o foco e seguir até o Cabo.

Conhecendo Hout Bay e dirigindo pela Chapman´s Peak Drive

Hout Bay é uma bela baía rodeada por montanhas localizada no litoral sul de Cape Town e, facilmente, acessada de carro. Como já explicamos em outro post, visitamos o local durante o nosso trajeto até o Cabo da Boa Esperança.

Hout Bay


Para chegar até la, colocamos, no Waze do nosso celular, Hout Bay Habour como nossa primeira parada. A rota mais lógica seria aquela que vai sempre percorrendo o litoral, passando por Camps Bay para poder deixar a cidade. Como esta rota, no entanto, estava mais congestionada, o navegador acabou nos mandando por uma estrada mais interna (mas não por isso menos bonita), contornando a Table Mountain.

Após cerca de 30 a 40 minutos, chegávamos à praia. O local conta com um estacionamento amplo que fica ao lado de uma construção chamada Mariner´s Wharf, uma espécie de complexo de restaurantes.

sexta-feira, 16 de junho de 2017

Organizando o trajeto até o Cabo da Boa Esperança

Se tem um passeio que todos que visitam Cape Town querem fazer é a visita ao Cabo da Boa Esperança. Afinal, a famosa península sul-africana está localizada bem próximo à cidade, a cerca de 70 Km, sendo facilmente acessada de carro em um trajeto de aproximadamente uma hora e vinte minutos.

Cabo da Boa Esperança


Distância entre Cape Town e o Cabo da Boa Esperança

Assim, é comum um bate-e-volta partindo da Cidade do Cabo, seja por conta própria, alugando-se um carro, seja através de alguma excursão. A primeira opção nos parece mais vantajosa por ser mais barata, permitir que você mesmo faça o seu horário e ainda possibilitar a parada em outros pontos de interesse pelo caminho.

E estes pontos vão, certamente, ser do seu interesse, com destaque para: a Hout Bay, localizada ao sul do Table Mountain National Park; a Chapman´s Peak Drive, estrada panorâmica que parte de Hout Bay e vai percorrendo o lado oeste da península; e Boulders Beach, uma praia do lado leste da península e habitat de inúmeros pinguins sul-africanos.

Como é a visita a Robben Island

Em 1948, a segregação racial foi institucionalizada na África do Sul, tornando-se uma política praticada pela minoria dominante branca sobre as demais etnias que, mesmo em maior número, não tinham acesso ao poder. E, assim, negros, indianos, malaios ou qualquer outra etnia não-branca passou a ser considerada, oficialmente, inferior, sendo expulsos de suas moradias com o objetivo de estabelecer bairros onde apenas brancos podiam viver e transitar (vide o que aconteceu no District Six em Cape Town, episódio retratado em um dos dos museus do centro da cidade). Além disso, os serviços de educação e saúde, entre outros, aos quais os não-brancos tinham acesso, também eram de qualidade inferior, marginalizando cada vez mais esta parcela da população sul-africana.

Parece surreal acreditar que, no passado recente (o Apartheid só acabou em 1994), coisas como esta ainda pudessem existir no planeta. O pior é ter consciência de que, em muitos lugares, isto ainda existe, mesmo que de forma velada. Sentir-se superior por ter uma cor de pele diferente não é, infelizmente, coisa apenas do nosso passado. E como não poderia deixar de ser, é algo que gera revolta.

E, não à toa, o Apartheid gerou uma crescente revolta na classe que, constantemente, era inferiorizada e marginalizada. Revoltas começaram a estourar pelo país. A violência se tornou crescente. E a solução adotada pelo governo foi exilar e prender os líderes revolucionários. Entre eles, um dos maiores ícones da África do Sul, vencedor do Prêmio Nobel da Paz, Nelson Mandela, que foi preso na Robben Island por mais de 20 anos.

Robben Island e, ao fundo, a Table Mountain


Mas a Robben Island, pequena ilha localizada na Baia da Mesa, em Cape Town, não teve apenas Mandela como prisioneiro. Inúmeros outros revolucionários, negros, que lutavam apenas por igualdade, foram trancafiados juntos ao seu líder na prisão da ilha, onde tinham que viver em condições sub-humanas, sendo submetidos a trabalhos forçados, celas minúsculas e alimentação precária. E, dentro do próprio presídio, a segregação também era vigente, de modo que negros tinham menos direitos e eram submetidos a maiores sofrimentos.

terça-feira, 13 de junho de 2017

Conhecendo o centro de Cape Town

O centro de Cape Town possui algumas atrações que merecem ser visitas por aqueles que querem conhecer um pouco mais da história da cidade e do país, incluindo museus e uma fortaleza, além de praças públicas e mercados locais. E foi este o passeio que escolhemos para a manhã do nosso terceiro dia na Cidade do Cabo.

Passeando pelo centro de Cape Town
Estávamos hospedados no próprio centro, próximo a estas estações e, portanto, não precisamos do carro desta vez. Apenas saímos caminhando a partir do nosso hotel em direção às principais atrações, seguindo a seguinte ordem:

1. Castle of Good Hope
2. District Six Museum
3. Company´s Garden
4. Greenmarket Square
5. Long Street

Havíamos ainda incluído, por último, o bairro malaio Bo-Kaap para conhecer suas famosas casas coloridas uma ao lado da outra. Mas, infelizmente, não conseguimos tempo suficiente (já que tínhamos que pegar o barco para a Robben Island com hora marcada - odeio horários marcados para chegar nas atrações) e tivemos que cortar do roteiro.

Castle of Good Hope


Este edifício nada mais é do que uma fortaleza ou um forte de cinco pontas, muito parecido com os que temos no Brasil, de modo que sua arquitetura em si não é nenhuma novidade para os turistas brasileiros.

Construído em 1666 pelos holandeses, o local representa a mais antiga construção ainda de pé na África do Sul e, portanto, tem grande valor histórico para o país, tendo sido palco de importantes eventos políticos e militares ao longo dos séculos. Mas espera aí! Como assim "construído pelos holandeses"? Não foram os ingleses a colonizarem a região?

domingo, 11 de junho de 2017

O por de sol em Signal Hill: um dos maiores espetáculos de Cape Town

Dez a cada dez turistas concordam em um ponto sobre Cape Town: o por do sol de lá é sensacional. E se tem um local recomendado (e bem disputado) para se assistir a este espetáculo diário na cidade ele se chama Signal Hill, uma colina localizada ao lado da Lion´s Head e bem próxima dos principais pontos da cidade. É para o topo desta colina que muitos se dirigem no final do dia para assistir ao sol desaparecendo na linha do horizonte entre o Atlântico e o céu sul-africano.

E foi exatamente este o nosso programa no final do nosso segundo dia em Cape Town.

Por do sol visto do topo da Signal Hill


Como chegar ao topo da Signal Hill

Se você fizer como nós e alugar um carro, não terá dificuldade em acessar o topo da colina. A localização é bem central e há acesso tanto para quem estiver partindo de Camps Bay quanto para quem estiver no centro da cidade. Seja de qual direção você estiver vindo, em algum momento, as estradas vão confluir e o caminho até o topo se tornará único. A estrada tem mão dupla e, como percorre a encosta de uma colina, é, obviamente, cheia de curvas e margeada por um precipício. Mas não tenha medo. Dá para dirigir por ela sem maiores problemas.