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domingo, 30 de dezembro de 2018

Piazzale Michelangelo: a melhor vista de Florença

Um dos pontos turísticos que tem se tornado bastante popular entre os turistas que visitam Florença é a Piazzale Michelangelo, uma praça de frente para o rio Arno que funciona como um mirante com vista para a cidade.

Florença vista da Piazzale Michelangelo (a Ponte Vecchio se destaca sobre o rio Arno)


A praça se localiza no lado sul do Arno em uma das partes mais elevadas de Florença, o que contribui para a visão privilegiada que se tem de lá, especialmente, do centro da cidade, da imponente cúpula da catedral e das pontes que atravessam o Arno, destacando-se a bela Ponte Vecchio.

A cúpula da Catedral de Santa Maria del Fiori se destaca no centro de Florença

A imponente torre do Palazzo Vecchio também se destaca na vista panorâmica da cidade

sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Cinco perguntas sobre Florença

Firenze (para os italianos) ou Florença (para nós, brasileiros) é não apenas a capital de uma das regiões italianas mais cobiçadas, a Toscana, como também o berço do renascimento e uma das cidades mais importantes do mundo para a história da arte.

Em cada esquina, em cada prédio histórico, em cada museu, Florença exala arte, transportando o turista para uma época em que Michelangelo poderia ser visto por suas ruas após um dia de trabalho esculpindo Davi ou em que Botticelli poderia ser surpreendido às margens do Arno, refletindo sobre as cores do Nascimento de Vênus.

Aliás, não tem como não se perguntar o que exatamente tem na água de Florença que atraiu tantos gênios da humanidade. Não apenas os pintores citados acima, mas também Dante Alighieri, que revolucionou a escrita, e Galileu Galilei, que mudou os rumos da ciência. 

Fazer turismo por Firenze é percorrer a memória deixada por todos estes grandes gênios.


A inspiradora Florença

Mas para quem quer conhecer a cidade, é preciso, antes, reunir algumas informações práticas que podem ajudá-lo no roteiro:

terça-feira, 25 de dezembro de 2018

Uma rápida passagem por Siena

Capital da província de mesmo nome, Siena é um dos principais centros urbanos da Toscana, especialmente, pelo seu valor histórico e arquitetônico. No entanto, não havíamos colocado a cidade no nosso roteiro, uma vez que não teríamos tempo de conhecê-la com calma.

Entretanto, estávamos voltando do passeio pelo Val d´Orcia rumo ao nosso hotel em San Gimignano e, como passaríamos bem perto de Siena e ainda havia luz do sol (benefícios de se viajar para a Europa no verão), nos perguntamos: por que não fazer uma parada em Siena para jantar?

E, tomando a decisão rapidamente, resolvemos entrar na cidade. 

Chegando a Siena


Olhando o mapa, no sistema de navegação, encontramos um local para estacionar o carro em torno da praça Giardini la Lizza. O local tem parquímetro, mas como já era oito horas da noite, não foi preciso pagar.

Da praça, seguimos, então, para o centro histórico rumo a uma das mais famosas atrações turísticas de Siena, a Piazza del Campo. Fomos caminhando pela Via dei Montanini e, neste primeiro contato, já atingidos pela beleza da cidade, já nos sentíamos arrependidos de não ter incluído Siena no roteiro.

Roteiro de carro pelo Val D´Orcia, na Toscana

Sabe quando você digita "Toscana" no google e aparecem aquelas imagens cinematográficas que fazem dez em cada dez viajantes suspirarem enquanto sonham em viajar para a Itália? Pois boa parte destas imagens clássicas da região pertencem ao chamado Val d´Orcia, pedaço da Toscana que se estende ao sul de Siena.

Portanto, se você quiser se deslumbrar ainda mais em um passeio por esta região italiana, não deve deixar de fora o Val d´Orcia, repleto de colinas verdejantes adornadas pelos típicos ciprestes e salpicadas por pequenos e charmosos vilarejos. Entre estes, Montalcino, famoso pelo vinho lá produzid,o e a encantadora Pienza.

Val d´Orcia visto da cidade de Pienza


Como estas cidades são pequenas e desprovidas de estações ferroviária, conhecê-las de carro acaba sendo a melhor opção. Até porque, assim, você conseguirá aproveitar melhor as belas estradas, além de otimizar o seu tempo. Como cidade base, você pode escolher Siena. No nosso caso, estávamos hospedados em San Gimignano e foi de lá que partimos com nosso carro rumo ao Val d´Orcia.

Nossa maior dificuldade, no entanto, foi escolher onde parar durante nosso trajeto. 

Para os amantes de vinho, Montalcino não pode ficar de fora do roteiro. Afinal, é de lá que vem o famoso Brunello e o que não falta na cidade são lojas especializadas na bebida. Embora nem eu nem Técio tome vinho, visitamos a cidade mesmo assim, já que a sua beleza também é um convite aos viajantes.

Pienza, por estar localizada mais distante, nem entraria, inicialmente, no nosso roteiro, mas uma amiga acabara de voltar da região e fez tanta propaganda sobre esta cidade que acabamos a incluindo. Resultado: foi a nossa preferida de toda a Toscana.

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

A nossa visita a San Gimignano

Das pequenas cidades medievais da Toscana que costumam ser visitadas com um bate-e-volta a partir de centros maiores, como Florença e Siena, San Gimignano é, talvez, a mais famosa e mais procurada pelos turistas. Não iria ficar, portanto, de fora do nosso roteiro pela região.

Localizada no topo de uma colina, na província de Siena, a pequena comuna italiana chama a atenção pela preservação da sua estrutura medieval, com destaque para a muralha que, até hoje, a contorna e suas torres que, no passado, foram construídas pelas ricas famílias da cidade como símbolo do seu poder (das 72 originais, apenas 13 permanecem de pé, atualmente).

E, diferente de outras pequenas cidades medievais da Toscana que visitamos, como Volterra e Pienza, San Gimignano não possui uma parte moderna em seu arredores, o que aumenta mais ainda a sensação de viagem ao passado. O que encontramos mesmo, em seu entorno, são as videiras, as fazendas e o verde vale, o Val d´Elsa, que se estende a perder de vista. Talvez, este seja o diferencial que fez com que a comuna se tornasse mais famosa do que as demais.

A bela San Gimignano

Abaixo, listamos algumas dicas preciosas para aqueles que pretendem visitar a cidade murada:

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Visitando Volterra, pequena cidade medieval da Toscana

Localizada na província de Pisa, no topo de uma colina, encontra-se a pequena e antiga cidade de Volterra, cuja origem remonta a algum século antes de Cristo. Mantendo sua estrutura medieval, que transporta o número ainda relativamente pequeno de turistas para algum tempo muito antigo, a cidade foi um dos 12 centros urbanos do povo itálico conhecido como Etruscos, que habitaram parte da região que, hoje, conhecemos como Toscana.

A bela Volterra


Além da sua preservada arquitetura medieval, também chama a atenção a sua posição no topo de uma colina, o que, além de propiciar uma linda vista para o vale que a envolve, ainda enche as ruas de Volterra de ladeiras. Mas não se assuste: o centro histórico é pequeno e, mesmo com algumas descidas e subidas, você não se cansará muito.

Em relação à cidade de Pisa, Volterra dista cerca de 70 Km. Já se você estiver em Florença, poderá chegar à cidade após 80 Km de estrada e, se estiver em San Gimignano ou Siena, serão 30 e 55 Km, respectivamente. 

Nós estávamos em Lucca e pegaríamos estrada até San Gimignano. Considerando a proximidade desta última com Volterra, não resistimos e saímos da primeira, percorrendo 73 Km para uma rápida passagem pelo antigo centro etrusco. Já relatamos como foi a nossa visita a Lucca em outro post.

terça-feira, 20 de novembro de 2018

Como foi nosso passeio por Lucca

Capital da província de mesmo nome, a cidade de Lucca se destaca em uma viagem pela Toscana pelo seu charme, podendo servir de base para quem quer visitar também Pisa ou dar uma escapada até a Ligúria e visitar Cinque Terre, como nós fizemos.

Diferente de outras comunas da Toscana que foram construídas no topo das colinas da região, a parte histórica de Lucca ergueu-se em terreno mais plano em meio a colinas e montanhas que a rodeiam. Outra característica marcante da cidade é a sua preservada e histórica muralha que persiste de pé envolvendo todo o centro histórico de Lucca.

Aliás, no topo desta larga muralha, foi construída uma imensa área verde, que funciona como parque para quem quer relaxar, caminhar, fazer um passeio com seu cachorro ou pedalar. O uso de bicicletas, inclusive, é extremamente popular na cidade, sendo comum encontrar locadoras onde o turista pode adquirir uma bicicleta para explorar Lucca.

A bela cidade de Lucca, na Toscana

Abaixo, listaremos algumas dicas sobre a cidade, assim como contaremos como foi a nossa experiência.

sábado, 17 de novembro de 2018

Uma rápida passagem por Portovenere

Localizada em uma península ao lado de La Spezia, na Ligúria, encontra-se uma pequena cidade balneária que, por ter abrigado, na antiguidade, um templo em homenagem à deusa Vênus, acabou recebendo o nome de Portovenere (pelo menos, esta é uma das teorias mais aceitas para explicar o seu nome).  E, pela similaridade e proximidade com Cinque Terre, acabou recebendo a alcunha de sexta terre.

Portovenere

Como estávamos de carro, saindo de La Spezia após nossa visita a Cinque Terre, não resistimos à tentação de fazer uma parada rápida em Portovenere. E não nos arrependemos desta decisão. Na verdade, nos arrependemos mesmo foi de não ter ficado mais tempo por lá ou até mesmo nos hospedado na cidade. Amamos tanto que já decidimos retornar um dia para poder aproveitar mais o lugar.

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Como foi nossa visita a Cinque Terre

Nosso foco desta viagem à Itália era a Toscana, mas não resistimos a fazer um desvio e tirar um dia para visitar a famosa Cinque Terre. Estávamos hospedados na província de Lucca e, em pouco mais de uma hora dirigindo pelas estradas italianas, seria possível chegar a La Spezia, deixar o carro estacionamento e pegar o trem até os famosos vilarejos da Ligúria.

E foi exatamente o que fizemos. Já demos todas as dicas úteis sobre Cinque Terre em outro post (como chegar, onde deixar o carro, como se deslocar entre as terres, como adquirir o Cinque Terre Card). Neste iremos descrever como foi a nossa experiência e dar algumas dicas do que fazer e conhecer em cada uma das vilas.

Fizemos as terres na seguinte ordem: Manarola, Corniglia, Vernazza, Monterosso e Riomaggiore. Chegamos às quatro primeiras de trem e, a partir de Monterosso, pegamos um barco retornando até a primeira das terres no sentido sul-norte, Riomaggiore. A intenção foi poder ter também o ponto de vista dos vilarejos a partir do barco.

Cinque Terre

Lembrando que adquirimos o Cinque Terre Card, que dá direito ao transporte ferroviário entre as terres, ainda na estação ferroviária de La Spezia.

Visitando Manarola

A estação de trem de Manarola fica bem no centro do vilarejo, de forma que já descemos no meio da agitação. Como vocês já devem saber a esta altura, o local recebe um número enorme de turistas diariamente, de forma que vai ser bem difícil encontrar tranquilidade por lá.

domingo, 14 de outubro de 2018

O que é preciso saber para conhecer Cinque Terre

A cobiçada Cinque Terre corresponde a cinco pequenas vilas italianas incrustadas sobre penhascos de frente para o mar, constituindo uma das principais atrações turísticas da ragião da Ligúria. Com típicas e coloridas habitações italianas, as cinco vilas competem entre si pelo posto de mais bonita, fornecem praias para que o turista possa se refrescar durante o verão italiano e encantam com belas e pitorescas paisagens.

Manarola, a terre que considero mais bonita

As cinco vilas são as seguintes, seguindo a ordem sul-norte:

1. Riomaggiore, uma das comunas mais populares entre as cinco, possui trilhas que levam a imperdíveis mirantes com vista para o mar.

2. Manarola, distrito da comuna anterior, não perde em nada no quesito beleza (a considero, inclusive, a mais bonita das cinco) e é interligada a Riomaggiore pela popular trilha conhecida como Via Dell´Amore.

3. Corniglia, distrito de Vernazza, é a menos visitada entre as cinco devido ao seu acesso mais difícil e, por isso, acaba sendo a menos lotada.

4. Vernazza, comuna que possui uma antiga torre medieval na parte mais alta do penhasco de frente para o mar, conhecida como Castello Doria. 

5. Monterosso al Mare, comuna que possui a geografia menos acidentada e as prais mais propícias para banho, com uma considerável faixa de areia (privada e, portanto, paga, em sua maior parte).

quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Conhecendo a Torre de Pisa

Pisa foi a cidade da Toscana onde pousou o nosso voo e, portanto, foi por onde iniciamos a nossa roadtrip por esta bucólica região da Itália. Desta forma, saímos dirigindo do aeroporto da cidade direto para a mais famosa atração da cidade, a curiosa torre inclinada de Pisa.

A Torre de Pisa
A cidade, com seus mais de 80 mil habitantes, é a capital da província de mesmo nome e uma das mais importantes da Toscana. Fica bem próxima ao litoral e é cortada pelo famoso Rio Arno, o mesmo que atravessa Florença. Passamos pelo rio no caminho até a torre, parando para uma foto, claro!

O Rio Arno na cidade de Pisa

A Piazza dei Miracoli é a área da cidade onde se encontra a Torre de Pisa, mas esta não é a única atração do local, dividindo, com a Catedral de Pisa e o Batistério, a beleza histórica do lugar. Aliás, a famosa torre foi construída com o objetivo de servir de Campanário para a igreja e não teria se tornado uma das principais atrações turísticas da Itália se não fosse a sua inclinação iniciada logo após o começo da sua construção e que, atualmente, é de quase 4 graus.

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Dicas para dirigir pela Toscana

Percorrer a Toscana com um carro alugado foi uma decisão que tomamos assim que compramos a passagem para esta região da Itália. Afinal, queríamos percorrer as belas estradas desta parte do país com calma, ao nosso ritmo, parando onde tivéssemos vontade e com a liberdade de mudar o nosso destino se assim o quiséssemos.

De carro pela Toscana

E foi exatamente o que fizemos, sem nos arrepender desta decisão em nenhum momento. Tivemos, assim, a possibilidade de parar em uma feira para comprar morangos e cerejas em um sábado pela manhã, ao passar pela pequena cidade de Buonconvento. Pudemos decidir, de última hora, ir tomar banho em um balneário de águas termais em pleno Vale d´Orcia. Tivemos a opção de parar na beira da estrada para admirar e fotografar San Gimignano e Pienza de longe. E ainda foi possível passar por Siena para jantar, cidade que nem estava, originalmente, no nosso roteiro.

A liberdade de parar onde quiséssemos

E são exatamente estas experiências inusitadas que acabam entrando na lista de momentos memoráveis de uma viagem.

Mas para dirigir pela Toscana é preciso ter em mente alguns detalhes para evitar surpresas desagradáveis, como acabar saindo da Itália com alguma multa a ser paga em euros. Ninguém vai querer passar por isso, não é mesmo?

Portanto, darei abaixo algumas dicas para ajudar os leitores que pretendem fazer como nós e desbravar as estradas das Toscana de carro.

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Nosso roteiro pela Toscana

Uma das maiores e mais cobiçadas regiões da Itália é a Toscana, que permeia o imaginário de todo viajante com imagens de campos e colinas verdejantes, adornadas por ciprestes, parreiras e cidades medievais. Desta forma, evoca o romantismo ao fornecer ao visitante paisagens exuberantes, cidades aconchegantes e uma culinária de tirar o chapéu, regada a vinho e intercalada por deliciosos sorvetes.

Paisagem comum da Toscana

Não à toa, foi o destino escolhido, por nós, para a nossa lua de mel. Uma escolha que valeu à pena, não apenas pelo romantismo citado acima e confirmado durante a nossa passagem, mas também pelo fato da Toscana está intimamente relacionada à história e às artes.

Afinal, foi Florença, a capital da região, o berço do renascimento, trazendo à luz artistas célebres, como Michelangelo e Botticelli. Foi em Florença que viveu Dante Alighieri, responsável pela configuração do idioma italiano como o conhecemos hoje. Foi em Florença que Galileu Galilei revolucionou a ciência.

E a coincidência de tantas mentes brilhantes terem convergido para uma única cidade, acaba dando um ar místico à capital da Toscana, ao mesmo tempo em que aumenta o apelo em se visitar o berço de tanto conhecimento e talento.

domingo, 16 de setembro de 2018

Como é o MiniTrekking pelo Glaciar Perito Moreno

Embora conhecer o Glaciar perito Moreno fosse um sonho antigo, eu não fazia ideia de que, além de vê-lo de perto, seria possível caminhar sobre ele. Foi quando iniciei a programação do nosso roteiro por El Calafate que descobri que havia esta possibilidade e, sem pensar duas vezes, decidi que teríamos que fazer este passeio conhecido como icetrekiing.

E não poderia ter tomado uma decisão melhor. Fazer o trekking por uma das geleiras mais famosas do mundo foi não apenas a experiência mais marcante desta nossa viagem pela Patagônia como também foi uma das mais marcantes da nossa vida de viajantes.

Afinal, se o glaciar já encanta de longe, imagina poder tocar, pisar e porque não sentir o azul mágico de seus caminhos congelados, de suas esculturas naturais, de seus labirintos moldados pelo vento e de seus pequenos lagos de água cristalina...

Portanto a maior dica que posso dar sobre a visita ao Glaciar Perito Moreno é: não deixe de fazer o trekking sobre a geleira!

O inesquecível trekking pelo Glaciar Peiro Moreno

Apenas uma empresa é autorizada pelo Parque Nacional Los Glaciares a realizar o passeio: a Hielo y Aventura. Além disso, o número de visitantes diários é limitado, o que é perfeitamente compreensível, já que é preciso ter todo o cuidado para manter a preservação do local, impedindo qualquer tipo de agressão que poderia ser causado pelo turismo de massa.

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Visitando o Parque Nacional Los Glaciares

Localizado na Patagônia, a cerca de 80 Km da cidade argentina de El Calafate, está a região que abriga os maiores glaciares do mundo fora do continente gelado: o Parque Nacional Los Glaciares. Suas enormes geleiras, localizam-se em torno do Lago Argentino, sendo o Glaciar Perito Moreno a mais famosa delas.

Desta forma, a maior parte da estrutura turística do parque está montada em torno do Perito Moreno, o glaciar mais próximo a El Calafate. Há passarelas de observação, restaurante com vista para a geleira, estacionamento e trekkings organizados para se caminhar pelo glaciar.

O famoso Perito Moreno, principal atração do Parque Nacional Los Glaciares

No entanto, há outros glaciares no parque, mais ao norte do Perito Moreno, como o Upsala e o Spegazzini, que podem ser vistos a partir de um passeio de barco conhecido como Ríos de Hielo Express (é possível reservá-lo nas agências localizadas na cidade). Entre as geleiras maiores, o Viedma é o que se localiza mais ao norte e mais distante de El Calafate, estando já próximo da cidade de El Chaltén, a partir de onde ele é mais facilmente conhecido.

Mas será o Perito Moreno o foco maior deste post, já que foi o glaciar que conhecemos na nossa visita ao Parque Nacional Los Glaciares.

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Dicas para visitar El Calafate, na Argentina

Localizada na província argentina de Santa Cruz, em plena Patagônia, está El Calafate, uma pequena cidade que gira em torno do turismo, devido à proximidade com o famoso Glaciar Perito Moreno, uma das maiores geleiras do mundo.

Por ser a cidade mais próxima do Parque Nacional Los Glaciares, onde se encontra o Perito Moreno, El Calafate acabou se tornando um dos principais polos turísticos da Argentina. São muitos os hotéis, agências de turismo, restaurantes e toda uma estrutura voltada para o turista que visita a cidade.

Visitar a geleira era um sonho antigo meu, de modo que El Calafate acabou entrando no nosso radar sempre que tentava organizar um roteiro pela América do Sul. Em fevereiro deste ano, enfim, conseguimos incluir o Perito Moreno no nosso itinerário, aproveitando a nossa viagem para Ushuaia.

Enfim, realizando o sonho de conhecer o Glaciar Perito Moreno

Neste post, daremos algumas dicas sobre El Calafate para ajudá-lo na sua passagem pela cidade.

sábado, 8 de setembro de 2018

A trilha até o Mirador Grey em Torres del Paine

Um dos principais lagos do Parque Nacional Torres del Paine é o Lago Grey, que tem origem no glaciar de mesmo nome, localizado no limite noroeste do parque e que corresponde a uma das principais atrações da reserva natural.

O Lago Grey (ao fundo se ver blocos de gelo que se desprenderam do glaciar e ficaram flutuando pelo lago)

A melhor forma de conhecer tanto o lago quanto o glaciar, cujo nome se justifica pela coloração verde acinzentada de suas águas, é através de um passeio de barco que parte do Hotel Grey até bem próximo ao glaciar. Outra forma é reservando um tour que te leva para caminhar sobre a geleira, realizado pela Big Foot Adventure Patagonia. Já dei dicas sobre estes dois passeios em outro post.

Mas se você não quiser gastar e, mesmo assim, conhecer o lago e o glaciar, você pode fazer uma de duas trilhas: uma, mais extensa, que parte da Guardería Paine Grande e que exige cerca 3 horas e meia de caminhada para chegar ao Mirador Grey e ao extremo norte do lago; e outra mais curta, que parte da Guardería Grey e vai até outro Mirador Grey, situado no extremo sul do lago.

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Como foi nosso passeio de carro por Torres del Paine

Eu sei que Torres del Paine, com suas dezenas de trilhas em meio a uma paisagem exuberante, é um dos principais locais de trekking no Chile. Mas como não somos adeptos ao esporte, optamos por conhecer o parque com um carro alugado, percorrendo apenas os locais acessados pelo mesmo.

No início, achamos que, talvez, nem valesse à pena seguir até o parque nacional e não fazer alguma das suas trilhas mais longas. Mas fomos mesmo assim e não nos arrependemos nem um pouco, pois os mirantes que você vai encontrando pela estrada enquanto dirige já tornam o passeio inesquecível.

A cadeia de montanhas de Torres del Paine, vistas do Mirador Serrano

Já fizemos um guia com dicas para você visitar Torres del Paine e, agora, iremos contar como foi nossa experiência dirigindo pelo parque e o que conhecemos durante o passeio.

Dicas para visitar Torres del Paine

O Parque Nacional Torres del Paine, localizado na Patagônia Chilena, ao norte da cidade de Puerto Natales, corresponde a uma das principais reservas naturais do Chile e impressiona pela beleza de suas paisagens. Composto por montanhas, lagos, rios e glaciares, o parque faz a alegria dos amantes de trilhas e aventuras, mas também daqueles que querem apenas apreciar o esplendor da natureza chilena.

Parque Nacional Torres del Paine

Seu nome é uma referência aos picos de granito localizados no parque e conhecidos como Torres del Paine (vistos na foto acima). Mas a cadeia de montanhas ali presente não se resume apenas a estas famosas formações rochosas e nos impressiona também com os icônicos Cornos del Paine.

Os Cuernos del Paine e o Lago Pehoé

Dos muitos lagos e lagunas que compõem o parque destacam-se: o Pehoé, o Grey, o Nordenskiöld, o Sarmiento e o Toro. Já os rios Paine, Grey e Serrano estão entre os mais vistos pelos turistas, assim como duas pequenas cascatas: o Salto Grande e o Salto Paine.

domingo, 2 de setembro de 2018

O que fazer em Puerto Natales

A região de Magalhães e Antártica Chilena, cuja capital é Punta Arenas, é dividida em províncias, sendo a província Última Esperanza a mais visitada delas, por abrigar o Parque Nacional Torres del Paine. E é, Puerto Natales, a capital (na verdade, a única cidade) desta província.

A cidade foi construída às margens do Seno Última Esperanza (também conhecido como Fiorde Última Esperanza), uma espécie de canal marítimo que faz parte de uma intrincada rede de canais que invadem o continente americano a partir do Oceano Pacífico, na região da Patagônia.

Desta forma, uma vez na orla de Puerto Natales, você verá, do outro lado do Seno Última Esperanza, belas montanhas que tornam o visual da cidade muito mais bonito que o visto em Punta Arenas, por exemplo.

Puerto Natales

Na verdade, já fomos percebendo esta diferença na paisagem, à medida que a estrada que pegamos ao sair de Punta Arenas se aproximava de Puerto Natales. Saímos da primeira cidade dirigindo nosso carro alugado e percorremos os 246 Km que as separam em cerca de 3 horas.

sábado, 1 de setembro de 2018

O que fazer em Punta Arenas

Capital da região de Magalhães e Antártica Chilena, Punta Arenas é uma das mais importantes cidades da Patagônia, no Chile. Seu crescimento esteve interligado ao seu porto, que se mantém, até hoje, como um dos principais impulsionadores da economia local. 

Este crescimento veio acompanhado de uma onde de imigração européia para a região, especialmente, de croatas, cuja influência é percebida no nome de prédios da cidade (vimos a bandeira croata em mais de um local).

Mas o que nos interessa mesmo é o papel turístico da cidade dentro da Patagônia. Para falar a verdade, na nossa opinião, o apelo turístico de Punta Arenas é pequeno. No entanto, ela acaba entrando no roteiro de muitos viajantes seja por causa do seu aeroporto internacional seja por estar no caminho entre Ushuaia e Torres del Paine, dois importantes polos turísticos da Patagônia.

Punta Arenas

No nosso caso, chegamos à cidade vindos de ônibus de Ushuaia (já explicamos como aqui). Resolvemos, então, dormir por lá para, no dia seguinte, seguir até Puerto Natales. Alguns dias depois, retornamos à cidade, já que seria de lá que sairia nosso voo de volta ao Brasil. 

Desta forma, dividimos nossa passagem por Punta Arenas em duas partes e assim faremos com este post.

Como ir de Ushuaia para Punta Arenas

Com as principais cidades espalhadas pela enorme área que constitui a Patagônia, a distância entre elas acaba sendo, muitas vezes, um impeditivo para quem não quer passar horas dentro de um ônibus ou dirigir por longas distâncias. Como, no entanto, sempre tentamos evitar o avião (por medo mesmo!), logo descobrimos que há ônibus ligando Ushuaia, na Argentina, a Punta Arenas, no Chile, e não pensamos duas vezes.

Como vantagem, teve a enorme economia, já que a passagem de ônibus seria muito mais barata do que a de avião. Como desvantagem, teve o fato do percurso ser feito durante o dia, o que acabou fazendo a gente "perder" quase um dia inteiro de viagem.

Mas se você esta achando que, de avião, vai ser mais rápido, engana-se, já que a maioria dos voos entre as duas cidades, acabam fazendo mais de uma conexão, podendo levar quase 24 horas ao todo. Até há a opção de voo direto, com duração de 1 hora, operado pela Hahn Air, mas ele não ocorre diariamente e costuma custar mais de 2 mil reais.

Desta forma, ainda achamos a via terrestre a melhor opção, seja de ônibus seja de carro.

A balsa que faz parte do caminho entre Ushuaia e Punta Arenas

sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Como foi nosso passeio pela Senda Costera, no Parque Nacional Tierra del Fuego

Depois de dar todas as dicas para o turista visitar o Parque Nacional Tierra del Fuogo, a bela reserva natural localizada a poucos quilômetros de Ushuaia, chegou a hora de contar exatamente como foi o nosso passeio, especialmente, nossa caminhada pela Senda Costera, a trilha mais extensa do parque nacional.

Além da Senda Costera (especificada como a trilha 2 do parque), nós também visitamos a Ensenada Zaratiegui, o Centro de Visitantes Alakush, o Lago Roca e o Mirante Bahia Lapataia.

Visual da Senda Costera, entre o bosque e o Canal de Beagle

Após passar pela portaria do parque e pagar os 420 pesos por pessoa cobrados pela administração da reserva, nossos anfitriões/guias (a quem pagamos para nos levar ao parque) nos levou para a Ensenada Zaratiegui, onde demos início ao nosso tour pelo local.

Ensenada Zaratiegui (aqui tem início as trilhas 1 e 2 do Parque Nacional Tierra del Fuego)

Combinamos que faríamos a Senda Costera, que tem início na Ensenada, e encontraríamos os anfitriões novamente no Centro de Visitantes Alakush (localizado próximo ao final da trilha, onde comeríamos).

Dicas para visitar o Parque Nacional Tierra del Fuego

Localizado no sudoeste da maior ilha da Terra do Fogo, fazendo fronteira com o Chile e a 10 Km de Ushuaia, está o Parque Nacional Tierra del Fuego, a reserva ecológica mais austral do planeta, banhada pelo Canal de Beagle e repleta de bosques, lagoas e trilhas em meio à natureza.

Com paisagens belíssimas, não é à toa que se tornou uma das atrações turísticas mais populares entre aqueles que visitam Ushuaia. No parque, é possível visitar mirantes, fazer trilhas de diferentes níveis de dificuldade, andar no famoso Trem do Fim do Mundo e ainda ter seu passaporte carimbado.

Parque Nacional Tierra del Fuego

Como a parte da reserva destinada à visitação é grande, recomenda-se reservar um dia inteiro para visitá-lo. Mas se você quiser fazer todas as trilhas (ou a maioria), vai ter que passar uns 3 dias por lá (há, inclusive, a opção de acampar no parque).

Nós não somos muito chegados à trilha, de forma que escolhemos apenas uma para fazer. Foi cansativa, mas valeu demais à pena.

No entanto, antes de escolher o que fazer por lá, você precisa saber como chegar ao parque. Então, daremos abaixo algumas dicas práticas para ajudar na sua programação.

domingo, 26 de agosto de 2018

Passeio de barco pelo Canal de Beagle

O Canal de Beagle, na verdade, é um estreito localizado no extremo sul do continente americano que liga os Oceanos Atlântico e Pacífico e que separa a maior ilha da Terra do Fogo (aquela onde se encontra Ushuaia) de várias outras pequenas ilhas do arquipélago. E, ao contrário do que se possa imaginar, a maior parte do canal pertence ao Chile.

O nome do estreito é uma homenagem ao navio britânico HMS Beagle que fez duas expedições pelo canal no século XIX, levando à bordo, na segunda delas, ninguém menos do que Charles Darwin.

Passeio de barco pelo Canal de Beagle

E fazer um passeio de barco pelas mesmas águas que Darwin navegou é um dos tours mais populares entre os turistas que visitam Ushuaia. Os barcos saem da marina na orla da cidade, próximo ao Centro de Informações Turísticas e vai percorrendo o estreito rumo às pequenas ilhas de interesse histórico e natural: a ilha dos cormorões (Isla de los Pajaros); a ilha do Farol Les Eclaireurs; a ilha dos leões marinhos (Isla de los Lobos); e a Isla Martillo (Piguinera), onde é possível avistar uma colônia de pinguins.

Como é a trilha até a Laguna Esmeralda em Ushuaia

A beleza da Laguna Esmeralda é o estímulo que faz inúmeros turistas que visitam Ushuaia percorrer a trilha que leva até esta exuberante lagoa de colocação verde-esmeralda. E não há outra forma de conhecê-la (a não ser de helicóptero) que não seja atravessando o bosque que a separa da civilização.

Localizada a cerca de 20 Km do centro de Ushuaia, o turista precisa, primeiro, seguir de carro pela Rota 3 até o início da trilha, que fica na margem esquerda da estrada de quem dirige sentido ao norte. A trilha tem, ao todo, 9 Km, considerando ida e volta.

Portanto não é uma trilha simples, considerando a sua extensão, embora seja quase toda plana. Digo quase, pois há um trecho que envolve uma subida em meio ao bosque. Além disso, pode haver trechos completamente enlameados no trajeto, especialmente, se tiver chovido recentemente na região.

A Laguna Esmeralda

Eu classificaria a trilha como moderada. É preciso, então, ter um certo preparo físico para fazê-la. No entanto, nenhum de nós tem um bom condicionamento físico e conseguimos realizá-la mesmo assim. Embora tenhamos demorado quase uma hora a mais do que o previsto e terminado a trilha exaustos (e com dor no corpo).

sábado, 25 de agosto de 2018

Visitando o Glaciar Martial durante o verão de Ushuaia

O Glaciar Martial corresponde a uma das principais estações de esqui de Ushuaia. No entanto, durante o verão, a montanha localizada nos arredores da cidade mantém-se ativa devido aos muitos turistas que seguem para lá em busca de suas trilhas.

Sem a neve cobrindo suas encostas, as árvores e riachos, que adornam o cerro, ganham vida e se tornam um convite para aqueles que querem ter um maior contato com a natureza. Além disso, é possível ver a cidade e o Canal de Beagle do alto da montanha e a subida não é difícil, sendo adequada para todas as idades e níveis de condicionamento físico. Foi, na verdade, a trilha mais fácil que fizemos na região.

O Glaciar Martial

Por ser uma estação de esqui, há um teleférico que leva o visitante até o topo do cerro. Entretanto, é exatamente no verão que é feita a manutenção do mesmo, de modo que ele costuma estar desativado neste época. Sobram, então, as pernas para nos levarem montanha acima.

O que fazer dentro da cidade de Ushuaia

Lamento informar, mas a cidade em si de Ushuaia não é exatamente bonita. E isto vai de encontro ao nosso imaginário que sempre acredita que pequenas cidades localizadas em meio a montanhas nevadas são lindas e charmosas. Infelizmente, não é o caso da Cidade do Fim do Mundo, que encanta muito mais pelas belezas do seu entorno e arredores do que por suas casas e ruas.

Isto não quer dizer, no entanto, que não seja possível encontrar alguma beleza andando por suas ruas, especialmente, na sua orla de frente para o Canal de Beagle, nossa parte preferida da cidade. Mas vamos ser sinceros: ninguém vai para Ushuaia por causa da cidade, mas sim por conta de toda beleza que a Terra do Fogo e sua natureza têm e oferecer.

Encontrando beleza na cidade de Ushuaia

Dito isso, fica a pergunta: mas o que fazer exatamente na cidade naqueles momentos em que o turista não está fazendo algum passeio pela região?

terça-feira, 21 de agosto de 2018

Dicas para visitar Ushuaia, o verdadeiro fim do mundo

Quantas vezes ouvimos alguém se referir a algum lugar como o Fim do Mundo? Embora, em geral, o termo seja pejorativo, há um local do planeta que se auto-intitula, realmente, como o Fim do Mundo. E isto se dá devido à sua proximidade com a Antártida. Afinal, Ushuaia (a pronúncia correta é "uçuaia" e não "uxuaia") é a cidade mais ao sul do planeta. Depois dela, só mesmo o continente gelado.

Ushuaia localiza-se na região mais ao sul da Patagônia, conhecida como Terra do Fogo. Esta, na verdade, trata-se de um arquipélago, cujo território é dividido entre Chile e Argentina, estando Ushuaia localizada neste último país, na costa sul da maior de todas as ilhas. Ao norte, a Terra do Fogo está separada do continente sul-americano pelo Estreito de Magalhães, descoberto pelo navegador português Fernão de Magalhães, durante o século XVI.

Visitar a Terra do Fogo é, portanto, ter contato com a história das navegações, ao mesmo tempo em que se pisa em uma inóspita região do planeta, caracterizada por terras geladas e, portanto, pouco povoadas.

Mas a geografia desta parte da Patagônia não se resume apenas à neve e gelo, especialmente, durante o verão, quando o branco fornece o lugar ao verde dos bosques e montanhas. Desta forma, a exuberante natureza que preenche os arredores de Ushuaia chama a atenção do turista, que corre para lá em busca das trilhas dos seus parques nacionais, da navegação pelo famoso Canal de Beagle, que banha a cidade, e do contato com a típica fauna local, representada por pinguins e leões-marinho.

Um dos principais símbolos de Ushuaia, o Farol Les Eclaireus

domingo, 19 de agosto de 2018

Como é dirigir pela Patagônia

Enquanto montava o nosso roteiro pela Patagônia, logo percebi que alugar um carro facilitaria muito nosso trajeto entre as cidades que visitaríamos, além de nos dar liberdade e flexibilidade com nosso tempo, sem depender de horários fixos de ônibus ou de tours guiados. E, como iríamos viajar com uma amiga, ficaria mais barato o aluguel e o combustível do que se viajássemos apenas nós dois.

E, assim, decidimos por alugar carro em Punta Arenas, no Chile, e de lá, seguir para Puerto Natales e Torres del Paine, atravessando, então, a fronteira com a Argentina para seguir até El Calafate. Ao final, voltaríamos dirigindo a Punta Arenas, onde devolveríamos o carro. E foi exatamente assim que fizemos, dando tudo certo ao final.

Dirigindo pela Patagônia Argentina, já próximo de chegar a El Calafate


E valeu à pena? Com certeza, valeu! Primeiro porque a flexibilidade que tivemos com o carro, nos permitiu otimizar nosso roteiro de tal forma que conseguimos conhecer tudo que havíamos planejado. Segundo porque percorrer o Parque Nacional Torres del Paine de carro próprio nos permitiu aproveitar as belas paisagens do lugar no nosso ritmo, parando e fazendo o que queríamos.

Dirigindo por Torres del Paine

sábado, 18 de agosto de 2018

Nosso roteiro pela Patagônia

Quem aí também quer fazer como nós e conhecer a Patagônia? Área geográfica correspondente à parte mais meridional (ou mais próximo da Antártida) da América do Sul, a Patagônia evoca a imagem de montes nevados, glaciares e lagos que, em conjunto, resultam em paisagens de tirar o fôlego.

Torres del paine, no Chile, e uma das muitas vistas espetaculares da Patagônia

E a área inclui dois importantes países do continente sul-americano, Chile e Argentina, de forma que é comum o roteiro pela região transitar entre os dois países. Não pense, no entanto, que é possível conhecer toda a Patagônia em apenas uma única viagem (se bem que até é se você tiver muito tempo disponível!). Até porque a sua parte norte, que tem Bariloche (na Argentina), e a Região de los Lagos (no Chile) como principais atrações, fica bem distante da sua parte sul, destacando-se Ushuaia nos país argentino e Torres del Paine no chileno.

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

O que fazer em Santa Cruz de la Sierra

Fazendo uma analogia, Santa Cruz de la Sierra estaria para a Bolívia, assim como São Paulo está para o Brasil, uma vez que ela pode ser citada como a cidade mais cosmopolita do país boliviano. De qualquer modo, do ponto de vista turístico, nem sei se esta comparação é justa, já que, acredito, São Paulo tem muito mais atrações a oferecer do que Santa Cruz.

No entanto, é por esta cidade que muitos brasileiros chegarão à Bolívia indo de avião, de forma que, em alguns casos, a conexão pela cidade pode ser mais extensa do que o desejado, obrigando o visitante a se hospedar pelo menos uma noite por lá. E, como no mundo do turismo "nada se perde, tudo se aproveita" é importante saber o que se tem para fazer na cidade. 

Santa Cruz de la Sierra

No nosso caso, chegamos a Santa Cruz de la Sierra vindos de Tarija de avião e precisamos pernoitar por lá, para pegar nosso voo para o Brasil no dia seguinte. 

Logo percebemos que a grande maioria das atrações da cidade se concentra no seu centro, em torno da Plaza 24 de Septiembre. E, assim, escolhemos um hotel que se localizasse nos seus arredores. São várias as opções de hospedagem nesta área.

E é exatamente a Plaza 24 de Septiembre, o coração de Santa Cruz de la Sierra. Arborizada, limpa e bem cuidada, a praça recebe um fluxo constante de pedestres ao longo do dia, havendo muito mais habitantes da cidade do que turistas entre eles.

quarta-feira, 8 de agosto de 2018

O que fazer em Tarija, na Bolívia

Você já ouviu falar em Tarija? Localizada no sul da Bolívia, bem próximo à fronteira com a Argentina, esta é uma cidade fora dos circuitos turísticos. Afinal, quando se fala em turismo em solo boliviano, três são os lugares que se destacam: La Paz, Copacabana e Uyuni.

Isto não significa que Tarija não tenha seus atrativos. Localizada em uma região nitidamente mais rica do país, a cidade, provavelmente, vai te surpreender. Completamente diferente de La Paz e bem mais desenvolvida que Copacabana ou Uyuni, Tarija reflete muito bem a desigualdade social existente na Bolívia. Lá, você verá mansões, carros caros, restaurantes mais sofisticados, ruas mais organizadas e limpas e pessoas, nitidamente, mais ricas.

Tarija

Além disso, a cidade é famosa por suas vinícolas, se concentrando, nos seus arredores, a produção de vinho boliviano. Desta forma, se você estiver passando por lá e for amante de vinhos, fazer um passeio pelas vinícolas será uma excelente programação. Não indicaremos nenhuma, já que não bebemos e, portanto, não nos interessamos por este passeio.

Como é o tour às Lagunas Altiplânicas do Atacama

Localizadas no chamado Altiplano Chileno, a mais de 4 mil metros acima do nível do solo, estão duas das  mais belas atrações naturais da região do Deserto do Atacama: as Lagunas Miscanti e Miñiques. Devido à proximidade entre as duas, a visita ocorre de forma conjunta. Na verdade, as duas já foram o mesmo lago, que foi dividido ao meio pela lava do Vulcão Miñiques.

A beleza das lagunas decorre da bela cor azul das suas águas, emoldurada por montanhas (entre eles o vulcão acima citado) e por uma vegetação rasteira por onde alguns habitantes da fauna local costumam aparecer, como os simpáticos guanacos  que tivemos a sorte de ver às margens da Laguna Miscanti.

Laguna Miscanti


E se o vento não estiver forte no dia da sua visita, a água dos lagos se tornam verdadeiros espelhos, refletindo as montanhas e o céu. E tornando a paisagem ainda mais espetacular.

O tour até as duas lagunas costuma ser associado à visita a outras atrações da região para "aproveitar a viagem". Estas outras atrações costumam variar de acordo com a agência contratada, de forma que é importante checar bem o itinerário para escolher o tour que mais se adequar às suas preferências.

No nosso caso, fizemos questão de fazer um passeio que incluísse também a surreal Piedras Rojas. Após ver imagens do local na internet, não tive a menor dúvida de colocar o lugar como prioridade absoluta na nossa viagem. E esta decisão se mostrou certeira, já que Piedras Rojas foi o lugar mais bonito que conhecemos durante a nossa passagem pelo Atacama.

Piedras Rojas

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Como é o Tour Astronômico no Deserto do Atacama

O céu do Deserto do Atacama é famoso pela incrível visibilidade das estrelas que se tem a partir dele. Afinal, dificilmente você verá o céu nublado por lá. E esta característica fez com que a região se tornasse base estratégica de estudos e pesquisa astronômica. E não há apenas observatórios chilenos por lá. Vários países do mundo montaram base no deserto para aprender mais sobre as estrelas, constelações, planetas e galáxias.

Há, inclusive, um importante projeto internacional, conhecido como ALMA Observatory, que inclui vários países do mundo, inclusive o Brasil, e que promete importantes avanços do campo da astronomia. 

E, obviamente, o mercado do turismo não iria deixar esta característica passar em branco, de modo que o chamado Tour Astronômico vem se tornando cada vez mais popular entre os turistas. Afinal, se já é maravilhoso contemplar aquele belíssimo céu estrelado durante as noites do Atacama, imagina fazer isso com explicações de quem entende do assunto e ainda com a possibilidade de usar um telescópio!

E este é exatamente o objetivo deste passeio: primeiro, é feita uma explanação sobre as constelações e a nossa Via Láctea, enquanto, a olho nu, o astrônomo vai nos mostrando as surpresas do céu. Tudo isso, entremeado por histórias de como os povos andinos da antiguidade incorporavam as estrelas na sua própria cultura. Eles era verdadeiros astrônomos que, inclusive, deram nomes diferentes às constelações que conhecemos hoje.

Depois, é hora de vermos alguns pontos específicos do céu usando o telescópio, como Saturno e seus anéis e a superfície de lua. Confesso que foi emocionante ver a lua (que, naquela noite estava em fase crescente) tão "de perto".

Foto com a Via Láctea, durante o Tour Astronômico no Atacama

domingo, 29 de julho de 2018

Passeando por San Pedro do Atacama e conhecendo o Valle de la Luna

Nosso primeiro dia no Deserto do Atacama começou em torno das 11h da manhã, após chegar no nosso hotel vindos do aeroporto de Calama. Como àquela hora não dava mais para pegar nenhum tour com saída pela manhã, resolvemos caminhar pelo pequeno vilarejo de San Pedro e encontrar uma agência para fechar os passeios que faríamos pelo deserto.

O que fazer em San Pedro do Atacama?


A principal cidade que serve de base para os tours no deserto mais alto e árido do mundo é bem pequena e rústica, suas ruas são ainda de terra e tudo por lá se move em torno do turismo que, sem dúvida, corresponde à maior fonte de renda do lugar. 

E, na verdade, não há muito o que se fazer no povoado, exceto comer e agendar os tours. A principal rua do lugar é a Caracoles. É nela que se concentram os restaurantes, que, por sinal, mantêm o padrão chileno de ótima gastronomia. Nem todos estão abertos durante o almoço, já que a maior parte dos turistas estão fazendo algum passeio, mas, à noite, a Rua Caracoles encontra-se bem viva, com todos os seus restaurantes abertos.

No início da Rua Caracoles, em San Pedro do Atacama

sábado, 28 de julho de 2018

Cinco perguntas sobre o Atacama

Sempre tive um certo fascínio pelas fotos que via do deserto mais árido do mundo e, por conseguinte, sempre nutri um desejo de conhecer esta parte do norte do Chile. Mas foi apenas na minha terceira visita ao país que, enfim, tive a chance de ir ao Atacama. E as paisagens, realmente, fizeram jus ao meu imaginário.

Porém, antes de ir, é  necessário se preparar e tirar algumas dúvidas sobre a região. Por isso, resolvi escrever este post respondendo a cinco dúvidas que eu mesmo tive antes de embarcar para o deserto. Já expliquei como chegar ao Atacama em outro post.

01. Qual a melhor época para visitar o Atacama?


Na verdade, não há uma ápoca ideal, já que o clima não varia tanto ao longo do ano. A probabilidade de chuva é baixa (motivo para ele ser o deserto mais árido do mundo) e, como é comum em áreas desérticas, a temperatura varia bastante do dia para a noite, independente da época do ano. Desta forma, sempre fará mais frio à noite em qualquer mês do ano, com quedas que podem chegar abaixo de zero graus Celcius após o por do sol (especialmente, durante o inverno).  

Obviamente, a temperatura será mais baixa nos meses de inverno (entre junho e agosto). No entanto, dificilmente, ela cairá abaixo dos 20 graus durante o dia. 

Sendo assim, o indicado é sempre levar um casaco para se usar à noite seja no verão seja no inverno. Caso queira fazer o passeio aos Gêiseres del Tátio, que saem de madrugada, será necessário se agasalhar bem. 

Vale ressaltar, ainda, que mesmo a probabilidade de chuva sendo baixa durante o ano todo, as poucas chuvas costumam se concentrar entre janeiro e fevereiro, de modo que, caso você programe sua viagem para esta época, poderá acabar pegando chuva.

Outro ponto importante a ressaltar é que, durante o inverno, é muito comum que uma das atrações mais desejadas do Atacama, as Lagunas Altiplânicas, seja fechada para visitação. Isto porque a área em torno das lagunas ficam repletas de neve (isto mesmo! Existe neve no deserto!).

Ainda pegamos um pouco de neve na região das Lagunas Altiplânicas.

segunda-feira, 23 de julho de 2018

Como chegar ao Atacama

Considerado o deserto mais alto e mais seco do mundo (em decorrência do baixo índice pluviométrico), o Atacama localiza-se no norte do Chile e, pelas suas inspiradores paisagens, é um dos principais pontos turísticos do país.

E a melhor forma de se chegar lá é de avião, partindo da capital Santiago. Há também ônibus ligando a capital ao deserto, mas são quase 24 horas de viagem contra cerca de 2 horas de voo. E, considerando que os valores da passagem aérea não são tão caros, variando entre 300 a 800 reais a depender da companhia, do horário e da data da viagem, acreditamos que vale mais à pena seguir pela via aérea mesmo.

Latam e Sky Airline são as duas principais companhias que operam voos até o Atacama e vale à pena pesquisar os preços nas duas. Fomos pela segunda companhia e não tivemos do que reclamar. 

Chegando ao Atacama de avião


Vale ressaltar, no entanto, que não é San Pedro do Atacama, a pequena cidade que serve de base para quem vai conhecer o deserto, que possui um aeroporto. Na verdade, o aeroporto fica em Calama, cidade que se localiza a cerca de uma hora e meia de San Pedro. Embora pequeno, o aeroporto El Loa é moderno e chama a atenção a sua localização isolada em meio ao deserto.

Como se deslocar pela Bolívia

Deslocar-se pelo território boliviano, pelo menos no momento atual, não é das tarefas mais simples, especialmente, se você pretende seguir alguma rota não usual e fora do circuito turístico, como foi o nosso caso (no final do post contarei como foi a nossa saga em um trecho que tivemos que fazer entre duas cidades bolivianas). 

Isto ocorre pois nem todas as estradas são ainda pavimentadas, de forma que, entre determinadas cidades, há longos trechos ainda de terra. A boa notícia é que há muitas obras pelas estradas do país, de forma que, ao que nos parece, esta realidade mudará em um futuro próximo.

Além disso, não há ônibus entre todas as cidades bolivianas, pelo menos por enquanto, o que é, obviamente, justificado pelo motivo citado acima.

O avião, então, surge como a opção mais lógica, prática e rápida para se deslocar pela Bolívia. Não é, no entanto, a opção mais barata. A Boliviana de Aviacion é a principal companhia aérea do país e opera nos aeroportos de La Paz, Santa Cruz de la Sierra, Uyuni, Oruro, Potosí, Tarija, Sucre, entre outros.

Se quiser saber se há possibilidade de voos de ou para a cidade que pretende visitar, basta procurar no site oficial da companhia. A compra pode ser feita diretamente no site com cartão de crédito. 

O maior problema da companhia são os aviões velhos, o que acaba aumentando a chance de turbulências. Para os mais receosos de voar, como nós, isto acaba sendo um inconveniente a mais. O trecho que pegamos entre Tarija e Santa Cruz de la Sierra, embora curto, foi bem tenso.

segunda-feira, 16 de julho de 2018

Como é o terceiro dia de travessia entre o Atacama e o Salar de Uyuni: visitando o maior deserto de sal do mundo

E, enfim, chegou o dia em que chegaríamos ao destino da nossa travessia: o indescritível Salar de Uyuni, o maior deserto de sal do mundo, ocupando uma área de mais de 10 mil quilômetros quadrados e localizado a mais de 3 mil metros de altura. Um deserto que chama a atenção não apenas por sua cor incrivelmente branca mas também pelo incomparável nivelamento da sua superfície, permitindo aquelas famosas fotos em perspectiva que 10 em cada 10 turistas tiram quando chegam ao deserto.

No nosso caso, teríamos uma emoção a mais durante a visita ao salar: assistir ao sol nascendo no deserto como primeira atividade daquele último dia de travessia.

O Salar de Uyuni

Sendo assim, tivemos que madrugar. Nosso guia colocou a bagagem do grupo em cima do 4x4 e saímos ainda sonolentos pela estrada. Mas logo ali, bem perto do nosso hotel, já se encontrava o salar e, bem mais rápido do que pensávamos, já estávamos cruzando o solo branco do deserto. 

No horizonte, um ainda tímido clarão começava a se formar, anunciando o nascer do sol. Ao longe, víamos outros carros que levavam seus passageiros para o mesmo local que nós: a Isla del Pescado.

domingo, 15 de julho de 2018

Como é o segundo dia de travessia entre o Atacama e o Salar de Uyuni

A primeira coisa que posso falar sobre o segundo dia de travessia é que ele não é tão bom como o primeiro em termos de paisagem. Não que não tenhamos passado por lugares lindos, mas é que o primeiro dia, passando pelas Lagunas Branca, Verde e Colorada e pelos Gêiseres Sol de la Mañana é surreal.

Mas a principal questão que faz este segundo dia não ser o nosso preferido é que boa parte do tempo  à tarde é gasto dentro do 4x4, já que não há tantas paradas como no dia anterior. E tem hora que o assunto acaba e a paisagem na janela, que pouco varia, não ajuda.

Já pela manhã, até que tivemos um número razoável de paradas. A hospedagem em que ficamos se localiza em uma área geográfica cheia de rochas dos mais variados tamanhos e formatos e foi exatamente estas formações o foco daquela manhã.

A paisagem típica do segundo dia de travessia

Após tomar nosso café da manhã, deixamos nosso "hotel" no 4x4 e, em poucos minutos, já parávamos para ver a primeira formação rochosa, famosa por lembrar a taça da Copa do Mundo. Confesso que não me atraio muito por estas formações que se assemelham a isso ou aquilo. Mas turista é assim: basta alguém dizer que algo é famoso que já está lá tirando foto.

sábado, 14 de julho de 2018

Como é o primeiro dia de travessia entre o Atacama e o Salar de Uyuni

Já dadas todas as dicas sobre a travessia entre San Pedro do Atacama, no Chile, e Uyuni, na Bolívia, chegou a hora de contar como foi a nossa experiência e mostrar tudo que vimos pelo caminho, começando pelo primeiro dia.

Como seria um dia bem longo, repleto de atrações naturais em solo boliviano, a agência combinou de passar bem cedo no nosso hotel. Mas como ela foi pegando passageiro por passageiro do 4x4 (um total de 5 integrantes), hospedados em locais diferentes, a van acabou atrasando uns 15 minutos para nos pegar.

Eu, extremamente ansioso, já achei que a agência tinha nos esquecido e entrei logo em contato por mensagem. Mas depois que fui entender como funcionava a logística e relaxei. 

Olhando em retrospecto e relembrando a Laguna Colorada, não quero nem pensar na alternativa de ter perdido este passeio
O carro que pegou o nosso grupo ainda não era o que nos levaria pela travessia. Nem o motorista que nos pegou era ainda o guia que nos acompanharia por aqueles dois dias e meio de aventuras. Na verdade, a troca é feita após passar pela aduana chilena, já na aduana boliviana.

A primeira parada, na aduana chilena, fica bem próximo a San Pedro do Atacama e lá passamos apenas alguns minutos resolvendo as questões burocráticas. Seguimos, então, para a fronteira com a Bolívia, onde chegamos com menos de 60 minutos de viagem.