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sábado, 25 de agosto de 2018

O que fazer dentro da cidade de Ushuaia

Lamento informar, mas a cidade em si de Ushuaia não é exatamente bonita. E isto vai de encontro ao nosso imaginário que sempre acredita que pequenas cidades localizadas em meio a montanhas nevadas são lindas e charmosas. Infelizmente, não é o caso da Cidade do Fim do Mundo, que encanta muito mais pelas belezas do seu entorno e arredores do que por suas casas e ruas.

Isto não quer dizer, no entanto, que não seja possível encontrar alguma beleza andando por suas ruas, especialmente, na sua orla de frente para o Canal de Beagle, nossa parte preferida da cidade. Mas vamos ser sinceros: ninguém vai para Ushuaia por causa da cidade, mas sim por conta de toda beleza que a Terra do Fogo e sua natureza têm e oferecer.

Encontrando beleza na cidade de Ushuaia

Dito isso, fica a pergunta: mas o que fazer exatamente na cidade naqueles momentos em que o turista não está fazendo algum passeio pela região?

Nós chegamos ao aeroporto de Ushuaia em torno das 9 horas da manhã e, às 10:30 horas, já estávamos prontos para passear. Como só seria possível fazer algum passeio nos arredores à tarde, aproveitamos aquele tempo para aproveitar a cidade, caminhando por suas ruas e organizando os passeios dos próximos dias.

Primeiro seguimos direto para a Avenida San Martín, a principal rua de Ushuaia, repleta de lojas, agências de viagens e restaurantes. Estes últimos, na verdade, ocuparão mais de 50% do seu tempo livre de tours dentro da cidade. Eles concentram seu cardápio em peixes e frutos do mar (incluindo a tradicional centolla), assim como no famoso cordeiro patagônico, um dos pratos mais típicos da região. Mas há também muitos locais especializados em massas.

A Avenida San Martín, a principal de Ushuaia, repleta de lojas, agências e restaurantes

E, após visitar algumas lojas de souvenir na avenida principal, entramos logo no primeiro restaurante que encontramos aberto para já almoçar. Optamos por um especializado em comida italiana e deixamos para comer peixe no jantar. Como não gosto de cordeiro e Técio e Thyciara (amiga que nos acompanhou nesta viagem) não comem carne vermelha, ninguém experimentou o famoso cordeiro.

Seguindo para a orla de Ushuaia, onde chegam e partem barcos de passeio e cruzeiros

Após o almoço, seguimos para a orla de frente para o Canal de Beagle, mais especificamente, para a Placa do Fim do Mundo, com a qual todos os turistas querem uma foto. Ao redor da placa, ficam os quiosques de diversas agências turísticas da cidade. Aproveitamos e já fechamos ali mesmo o passeio pela Canal de Beagle no dia seguinte. O bom é que estes quiosques estavam abertos, mesmo sendo hora de almoço. Já os escritórios das agências que havíamos visto àquela hora na Av. San Martín estavam todos fechados.

A Placa do Fim do Mundo


Quiosques em torno da Placa do Fim do Mundo


Toda a área de frente para o Canal de Beagle e em torno dos quiosques das agências é muito bem cuidada




Bem próximo aos quiosques e à Placa do Fim do Mundo, fica também o Centro de Informações Turísticas de Ushuaia (à direita de quem está de frente para o Canal de Beagle). Ao lado do centro, fica a Plaza Cívica de Ushuaia que fica em frente à prefeitura da cidade.

O Centro de Informações Turísticas de Ushuaia. Ali é possível tirar dúvidas sobre a cidade e os passeios, pegar mapas, checar horários e usar o banheiro.


A Plaza Cívica de Ushuaia





A prefeitura de Ushuaia (com direito a um busto de Evita em frente)

Após tirar nossa foto com a placa e fechar nosso passeio em um dos quiosques, saímos caminhando pela orla que tem vários mirantes para o canal e para as montanhas ao redor. 

Passeando pela orla


E apreciando o canal, as gaivotas e as montanhas em torno


Nossa parte preferida da cidade


Chegou, então, a hora de seguir para o passeio até o Cerro Martial, assunto para outro post. E, na volta para o centro de Ushuaia, retornamos para a orla que, afinal, foi nosso local preferido e ficamos passando o tempo por lá até dá fome para irmos jantar. 
Na volta para o centro, fizemos um amigo


E continuamos passeando pela orla






Na hora de jantar, optamos por algum restaurante especializado em frutos do mar. Algo bem comum nos cardápios é a centolla, aquele caranguejo gigante que é mais típico do Chile, mas também muito popular em Ushuaia. Tanto que vários restaurantes expõem, na sua fachada, um aquário com os crustáceos vivos.

Outras atrações da cidade de Ushuaia são os seus museus, com destaque para dois: o Museu do Fim do Mundo e o Museu Marítimo e do Presídio. O primeiro fica na Av. Maipu (paralela à Av. San Martin) e conta um pouco da história da Terra do Fogo, passando pelos povos indígenas e os naufrágios da região. Infelizmente não tivemos tempo de visitá-lo. 


Mapa mostrando a localização do Museu do Fim do Mundo, na Av. Maipu


Já o segundo se localiza no antigo presídio de Ushuaia, cuja história está intimamente ligada à história da própria cidade. Afinal, foi a partir da criação deste presídio que o governo argentino conseguiu estimular a povoação de uma região até então pouco habitada. E deixar aquelas terras inabitadas poderia atrair os olhos gananciosos de outros países.

Atualmente, não há mais presos naquele prédio (o presídio funcionou até 1947), mas as celas foram mantidas e passaram a funcionar como partes do museu. Além disso, há exposição de réplicas de navios que fizeram expedições até Ushuaia e há toda uma ala do edifício transformada em galeria de arte. Na verdade, o edifício pode ser dividido em 5 partes, como mostrado na foto abaixo:

As 5 sessões do Museu Marítimo e do Presídio

Deixamos para visitar o Museu Marítimo e do Presídio na manhã do nosso terceiro dia na cidade, logo antes de seguir para o Parque Nacional Tierra del Fugo. Sendo assim, começamos a visita assim que o museu abriu, às 9 horas da manhã, e ficamos cerca de 1 hora por lá. 

Começando pelas réplicas de navios...


Que correspondem à sessão do Museu Marítimo em si


Seguimos para a sessão "Museu do Presídio"


Com celas que replicam a vida dos presos da época


Fizemos até mais um amigo por lá


Vimos fotografias da época


E um pouco de arte dentro de algumas celas





Esta outra parte do presídio mantém-se mais fiel a como era na época, com celas escuras e frias


Entrada para a Galeria de Arte do museu


Corredor da Galeria de Arte


Importante saber que há visitas guiadas (em espanhol) em 3 horários: 11:30 / 16:30 / e 18:30h. Infelizmente, no único horário que tivemos disponível, não foi possível fazer o tour guiado.

Como tivemos um pouco de dificuldade para encontrar a entrada do museu, mostraremos no mapa abaixo onde ela se encontra. 

Seguindo pela rua Yaganes (veja as setas vermelhas), basta entrar nesta pequena rua sem saída à esquerda e ir olhando para a sua direita que você encontrará o pequeno pátio que dá acesso à entrada do Museu Marítimo e do presídio

Pátio que dá acesso à entrada do museu


Enfim, uma placa, já no pátio, indicando onde fica a entrada. Pena que pela rua Yaganes não havia placa alguma e só encontramos a entrada perguntando aos transeuntes.


Por fim, há outras atividades possíveis na cidade, como visitar o cassino de Ushuaia e fazer compras. Afinal, a cidade está em uma zona franca e livre de impostos, uma forma do governo argentino continuar incentivando a povoação da região. 



PARA SE PLANEJAR:

1. Museu Marítimo e do Presídio

Horário de funcionamento:  diariamente das 9 às 20h nos meses de janeiro e fevereiro e das 10 às 20h de março a dezembro.

Entrada: 400 pesos argentinos. Mas residentes dos países do Mercosul pagam  300 pesos. O ingresso é válido por 48 horas, podendo o visitante sair e retornar. Não aceita cartão de crédito.

Como chegar: é possível ir a pé a partir do centro. A localização exata já foi mostrada no mapa acima


2. Museu do Fim do Mundo

Horário de funcionamento:  diariamente das 9 às 20h 

Entrada: 130 pesos argentinos. 

Como chegar: é possível ir a pé a partir do centro. 



OBS:
1. Os preços indicados neste post correspondem aqueles em vigência na época da viagem. Recomendo pesquisar novamente os valores das atrações na época da sua viagem.


2. Este post não recebeu nenhum tipo de patrocínio




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