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domingo, 12 de julho de 2015

Atenção senhores passageiros...

Há cerca de 7 anos (em novembro de 2008), eu fazia a minha primeira viagem internacional. Destino: Buenos Aires. E, embora a viagem tenha sido a trabalho e eu tenha tido pouquíssimo tempo para passear pela cidade, aquela breve tarde caminhando pela Recoleta, se encantando com o Jardim Japonês e conhecendo a Casa Rosada, foi suficiente para despertar, em mim, o desejo de mais dias como aqueles...

Dias em que eu pudesse percorrer e me perder pelas ruas de uma cidade fora do meu país, cujos habitantes falassem um outro idioma e tivessem uma outra cultura e uma outra forma de ver e perceber o mundo... dias em que eu poderia sair da minha zona de conforto, tendo que experimentar novos sabores, aprender novas formas de me comunicar, visualizar paisagens estranhas aos meus olhos... dias em que teria que aprender um pouco mais sobre histórias diferentes de povos diferentes de lugares diferentes... dias em que eu seria surpreendido por um clima completamente diferente do habitual, por estilos de vida estranhos ao que eu aprendi como "normal", por pontos de vistas diferentes dos meus, mas, não por isso, errados... e, finalmente, dias em que eu teria que enfrentar meus medos, entre os quais, o medo do único meio possível para se chegar à maioria dos destinos: o avião...

Pois é, para alguém apaixonado por viajar, é estranho que, ao mesmo tempo, exista um pânico tão grande de avião... mas, como sempre costumo dizer: meu prazer em viajar transcende e supera meu medo de voar... e , é por isso, que após aquele mês de novembro de 2008, eu não parei mais...

Nos últimos 8 anos, mesmo dispondo de um tempo limitado por causa do meu trabalho, eu pude explorar ruínas gregas, me deliciar com a culinária italiana, navegar pelos lagos andinos, voltar à infância nos parques da Disney, sentir frio em Amsterdã, tomar café caminhando pelo Central Park, me emocionar com as belezas do Peru, reaprender a pedalar no Canadá...

De cada viagem, eu sinto que retornei mais maduro, mais inteligente e mais tolerante... quem viaja, aprende... e aprende muito mais do que história, geografia ou sobre novas culturas... aprende que o mundo é muitíssimo maior do que a bola de neve em que habitamos, aprende a expandir a mente para mil novas possibilidades, aprende que a vida pode ser muito maior do que a nossa visão limitada nos permitia perceber...

E é,por isso, que quero continuar viajando sempre... ainda tenho muitos lugares para conhecer e espero ter tempo para percorrer todos os caminhos que minha mente viciada em viajar ainda planeja... e, a partir de hoje, pretendo compartilhar minhas experiências, como viajante, nesse espaço... mesmo que seja apenas para que, um dia, no futuro que me aguarda, eu possa reler meus relatos sobre o que vivi e, assim, possa, pelo menos, sentir novamente as incríveis emoções pelas quais passei...

E que esta minha nova viagem tenha início...


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