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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

E não é que todos os caminhos levam mesmo a Roma?

A Itália é um país que eu amo!! Estive lá em outubro 2011 percorrendo as cidades de Milão, Veneza, Florença e Roma. Encantei-me pela região dos lagos próxima à Milão, descobri-me fascinado pelas pontes e canais de Veneza, vivi uma experiência gastronômica inesquecível, fui surpreendido pelo charme de Cinque Terre e a beleza estonteante de Capri. A Itália consegue unir arte, beleza arquitetônica, história e beleza natural em pouco mais de 300 mil Km quadrados. Mas confesso que a minha relação com a capital Roma é um pouco conflituosa...

A Cidade Eterna foi a última que visitei no meu trajeto pelo país. Confesso que já estava cansado. E, talvez, por isso, não tenha conseguido me entregar por completo aos encantos da capital italiana. Tanto que, até hoje, quando me perguntam se eu gostei de Roma, eu não sei responder que sim com entusiasmo. No entanto, quando lembro de pontos específicos da cidade, como a Fontana de Trevi, o Pantheon ou o Coliseo, minha vontade imediata é de voltar correndo para estes lugares de tanto que os apreciei. É como se eu amasse as partes, mas não fosse tão fã do todo...


Em novembro de 2016, no entanto, o acaso me deu uma segunda chance com a cidade. Meu voo para Viena, pela companhia italiana Alitalia, faria conexão, tanto na ida como na volta, em Roma, mas sem, entretanto, tempo suficiente para se passear pela cidade. Mas eis que, de última hora, fomos agraciados por uma mudança nos voos que nos deu 12 horas de conexão na cidade. Um dia inteiro na capital italiana. Obvio que não iríamos desperdiçar este tempo dentro do aeroporto. Tomando como base minha experiência prévia na cidade, tracei um roteiro de uma dia, incluindo meus locais preferidos em Roma. Claramente, tive que sacrificar o Vaticano, já que, para este, seria preciso um outro dia inteiro.

E, assim, após um delicioso tour pela Áustria, República Tcheca, Polônia e Hungria, chegávamos ao Aeroporto Fiumicino às 8h da manhã. Um dia ensolarado e um clima agradável de final de outono nos aguardava. 

Piazza Navona


Começamos o roteiro pela Piazza de San Pietro, apenas para apreciar a Basílica por fora, já que, como falei anteriormente, seria impossível explorar o Vaticano naquele dia. Seguimos para o Castelo de Sant´Angelo, atravessamos a ponte de mesmo nome e percorremos o centro de Roma, apreciando suas belas praças, nos perdendo em suas ruas estreitas, nos deparando com charmosos prédios históricos e reforçando a minha definição não apenas da cidade como do país inteiro: um verdadeiro museu a céu aberto. Mais uma vez me deixei arrebatar pela beleza esplêndida da Fontana di Trevi e pelo marco de engenhosidade que representa o Pantheon.

Fontana di Trevi


Seguimos para a parte histórica do roteiro: o imponente Coliseo, ladeado pelo Foro Romano. Um conjunto imenso de ruínas que carrega a responsabilidade de representar um dos mais importantes marcos históricos da civilização ocidental. E, para terminar o dia, a subida a um mirante que nos permitiu uma vista panorâmica impressionante de Roma.

Coliseo

Se um dia foi pouco? Claro que sim!! Roma tem muita história para contar. Foi, no entanto, suficiente, para melhorar um pouco minha relação com a Cidade Eterna.

Não que eu tenha caído de amores pela cidade dessa vez. Continuo apaixonado pelos seus marcos artísticos e históricos, mas a cidade ainda me incomoda em alguns aspectos que tive melhor chance de analisar agora: a multidão claustrofóbica de turistas (bem maior dessa vez do que em 2011), o aspecto caótico de algumas áreas, o trânsito catastrófico, a limitação do transporte público e a superlotação dos metrôs, a falta de educação de alguns moradores da cidade.

São aspectos comuns a várias outras cidades do mundo, claro, e que, de forma alguma, tira a beleza da cidade. No entanto, essas limitações na infra-estrutura tiram um pouco do brilho que eu esperava encontrar quando fui a primeira vez a Roma. 

De qualquer forma, essa minha segunda e inesperada visita à cidade melhorou um pouco esse conflito que vivo em relação a mesma. E acredito que a vista panorâmica que tive a partir do teto do Monumento Nacional a Vittorio Emanuele contribuiu bastante para aumentar meu encanto com a cidade.

E não tenho dúvidas que acaberei voltando uma terceira vez a Roma. Afinal, como já falei, amo a Itália. Ainda tenho muito para conhecer e para revisitar no país. E como todos os caminhos levam mesmo a Roma...

Nos próximos posts, relatarei com detalhes meu roteiro de um dia na capital italiana e darei dicas sobre a cidade.


OBS:
1. Este post não recebeu nenhum tipo de patrocínio

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