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domingo, 31 de janeiro de 2016

Roteiro de um dia na capital húngara: o lado Buda

Após passar a primeira parte do dia no lado Peste da capital húngara (como conto neste post), chegara a hora de atravessar a Ponte das Correntes, sobre o rio Danúbio, em direção ao lado Buda.

O lado Buda


A Ponte das Correntes (Ponte Széchenyl Lánchíd), construída em 1849, é a ponte mais famosa de Budapeste, sendo diariamente atravessada pelos turistas que transitam entre os dois lados da cidade. Percorrida também por veículos, a ponte possui uma passarela de cada lado para acesso dos pedestres. Durante a travessia, é possível ver o Castelo de Buda, no alto da colina, uma das principais atrações turísticas de Budapeste.



Atravessando a Ponte das Correntes (ao fundo, o Castelo de Buda, no alto da colina)




Você pode subir a colina a pé, mas, logo após a travessia da ponte, você se depara com um funicular, que funciona das 7:30 às 22 horas e que faz o trajeto ao custo de 1800 HUF (ida e volta). Para nós, que estávamos mortos de cansados e com o tempo limitado, esta, sem dúvida, era a melhor opção. O funicular sobe a encosta da colina com os passageiros sentados de frente para Peste, o que confere charme ao trajeto, ao servir de ensaio para a bela vista que se terá a partir do alto da Colina do Castelo.



Funicular de acesso ao alto da colina (localizado bem próximo à Ponte das Correntes)


E Peste vai se revelando a medida que subimos no funicular (na foto, a Ponte das Correntes e a cúpula da Basílica de St Estêvão)


Chegando ao topo, é possível visitar três atrações principais: o Castelo de Buda, a Igreja de St Matias e o Bastião dos Pescadores; todos extremamente próximos um do outro. Além disso, ruas com belas casas históricas, restaurantes e cafés com mesas nas calçadas, lojinhas de souvenir, dão ainda mais charme ao lado Buda. Aqui, a beleza de Budapeste se mantém, mas de uma forma diferente da de Peste. Enquanto esta última me lembrou mais Viena, com sua sofisticação, o lado Buda me lembrou mais Praga. com seu aspecto mais medieval. Mas não ache que a capital húngara seria uma mistura das outras duas capitais. Budapeste é única!!

Começamos o passeio pelo Castelo de Buda. Logo que você sai do funicular, ele está a sua esquerda. Antiga moradia dos reis húngaros, o castelo foi completamente destruído no final da Segunda Guerra Mundial e o que vemos hoje é uma reconstrução histórica muito bem sucedida. 













O passeio pelos pátios externos do castelo é gratuito muito bonito. Mas confesso não ter prestado tanta atenção na construção em si. Afinal, o que mais atrai nossos olhos no castelo é a belíssima vista que temos de Peste a partir dele. O conjunto formado pelo Danúbio e suas pontes, o Parlamento Húngaro e a Cúpula da Basílica de St Estêvão é algo para ficar gravado em nossas mentes, pois nenhuma fotografia conseguirá honrar de fato a beleza da paisagem.

Parlamento visto a partir do Castelo


Basílica de St Estêvão vista a partir do Castelo




Citadela e Monumento à Libertação no alto do monte, vistos a partir do Castelo


Ponte das Correntes vista a partir do Castelo


Lembro de ter ouvido de um casal de brasileiros que caminhava atrás de nós, pelos pátios do castelo, o seguinte diálogo:

Ele: "Dá para perceber que você está adorando Budapeste!"
Ela: "Adorando? Estou apaixonada por esta cidade!! É perfeita!"

Estava concordando até ela dizer que Budapeste era mais bonita que Praga. Amei a capital húngara, mas, mesmo assim, Praga continuou sendo a minha capital europeia preferida!!

A partir do castelo, seguimos para outras duas atrações de Buda, a Igreja de St Matias e, atrás desta, o Bastião dos Pescadores. Para isso, seguimos pelo belo Distrito do Castelo e suas ruas medievais, parando em um dos inúmeros restaurantes da área para, enfim, almoçar. No caminho, passamos por uma espécie de mercado de souvenirs, o que me fez exclamar um "finalmente", uma vez que não vira uma única loja de souvenir em Peste e eu precisava comprar a miniatura do parlamento para compor a minha coleção. Portanto, se estiver à procura de souvenirs, espere chegar em Buda.

Distrito do Castelo






Mercado de souvenirs


A Igreja de St Matias fica a uma curta caminhada a partir do Castelo de Buda e tem como destaque o seu inacreditável teto, formado por ladrilhos coloridos e que, sob a luz do sol, ganham um brilho especial. Não à toa, esta igreja se tornou umas das minhas preferidas, como conto no post em que listei as igrejas que mais me encantaram durante as minhas viagens.

Caminho entre o Castelo de Buda e a Igreja se St Matias e o Bastião dos Pescadores


Chegando à Igreja de St Matias


A mais alta torre da igreja












Para conhecer o interior da Igreja de St Matias é preciso pagar 1400 HUF. Também é possível subir a sua mais alta torre, adquirindo um ticket extra pelo mesmo valor. A bilheteria se localiza na praça localizada ao lado da igreja, na lateral oposta. E, nessa mesma praça, tem-se mais uma estátua dele, o personagem histórico mais adorado da Hungria, o rei, o santo, ou como você prefira chamar, Estévão I (falo sobre ele neste post).



Estátua do Rei Estêvão


Logo atrás da igreja, está o Bastião dos Pescadores, uma espécie de mirante, com uma vista espetacular para Peste, composta por sete torres, cada uma representando uma das sete tribos magiares que fundaram o país. Em uma destas torres, funciona um café. O acesso é, atualmente, gratuito (pelo que deduzi, o acesso era pago anteriormente, uma vez que percebi a existência de catracas desativadas no local). Mas, mesmo que fosse pago, seria um local que valeria à pena visitar. Afinal, a vista de Peste emoldurada pelas janelas das torres é inesquecível.
Bastião dos Pescadores

Bastião dos Pescadores localizado logo atrás da Igreja de St Matias

















Mesmo tento um pouco mais de tempo disponível, optamos por permanecer no Distrito do Castelo durante este tempo restante. Descansando, admirando a vista, caminhando novamente pelas ruas medievais, explorando mais um pouco da área externa do Castelo de Buda. Perto do final do dia, seguimos para o mais antigo café de Budapeste: o Ruszwurm, inaugurado em 1827. Pelo que percebemos, costuma ficar bem lotado. Abre diariamente, das 10 às 19h, e localiza-se na Szentháromság utca 7, bem próximo à Igreja de St Matias, como mostro no mapa abaixo.



Localização do Ruszwurm, tendo como ponto de referência a Igreja de St Matias


E, para finalizar com chave de ouro, voltamos ao Bastião dos Pescadores para, de lá, assistir às luzes da cidade ganhando vida durante o anoitecer. Indubitavelmente, esta é uma das maiores atrações de Budapeste e, mesmo que você tenha apenas um dia na cidade, faça de tudo para ainda estar por lá após o pôr do sol. Ver os edifícios icônicos da capital húngara ganhando sua iluminação em tom amarelado característico não tem preço!! As luzes da cidade são arquitetadas de forma que seus mais importantes pontos históricos ganham uma luminosidade que se sobressai a todos os outros pontos da cidade. Tudo às margens do Danúbio. Um verdadeiro espetáculo!!

E não há foto que consiga reproduzir a beleza de Budapeste à noite. Vou colocar, no entanto, a minha humilde e frustrada tentativa de fotografar este momento abaixo. Por favor, relevem!!





Já sob céu noturno de Budapeste, voltamos ao funicular e descemos a colina, fazendo o sentido inverso e atravessando a Ponte das Correntes até Peste. Do outro lado, percebemos a também bela vista de Buda iluminada.





A esta altura, o coração estava apertado por ter que deixar toda aquela beleza de lado para voltar ao terminal de ônibus e partir da cidade. Ao mesmo tempo, nossos corpos não aguentavam mais dar um passo. Estávamos exauridos após uma noite mal dormida e um dia intenso pela cidade. E já sonhávamos com nosso hotel em Viena naquela mesma noite (isso mesmo!! Ainda pegaríamos estrada até Viena para, na madrugada, pegar nosso voo de volta para o Brasil). 

Tanta coisa que não vimos em Budapeste, tantos lugares que não visitamos... Mas fica a desculpa perfeita para retornar...

Mas também não podemos reclamar da redução do nosso tempo na capital húngara. Afinal, nossa mudança de voo pode ter prejudicado nosso passeio na Hungria, mas, por outro lado, nos deu uma grata surpresa. Um destino que não estava nos planos iniciais. Mais um dia perfeito e um verdadeiro bônus para compensar o pouco tempo em Budapeste... Mas aí já é assunto para outro post...


OBS:
1. Os preços indicados neste post correspondem aqueles em vigência na época da viagem. Recomendo pesquisar novamente os valores das atrações na época da sua viagem.

2. Este post não recebeu nenhum tipo de patrocínio

5 comentários:

  1. Também fiquei frustrada por não conseguir captar na fotografia a beleza que é a iluminação da cidade à noite!!!

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  2. Também fiquei frustrada por não conseguir captar na fotografia a beleza que é a iluminação da cidade à noite!!!

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  3. Da próxima vez que forem n deixem de visitar os spas de águas termais, que a cidade tem milhares, uma igrejinha que fica na base do monte da estátua da liberdade, ela é numa caverna! E a ópera de budapeste que é magnífica dentro e ainda dá pra assistir os espetáculos pagando pouquíssimo!
    Sobre souvenirs em Peste, encontrei mto no mercado central que tb tem mta comida típica e frutas, lá me impressionei com a organização e limpeza do mercado!

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  4. Da próxima vez que forem n deixem de visitar os spas de águas termais, que a cidade tem milhares, uma igrejinha que fica na base do monte da estátua da liberdade, ela é numa caverna! E a ópera de budapeste que é magnífica dentro e ainda dá pra assistir os espetáculos pagando pouquíssimo!
    Sobre souvenirs em Peste, encontrei mto no mercado central que tb tem mta comida típica e frutas, lá me impressionei com a organização e limpeza do mercado!

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  5. Os spas e a igrejinha estavam no roteiro original, antes da mudança por causa do voo!! Com certeza, iremos em uma próxima vez!!! Valeu pela dica do mercado em Peste! :)

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