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segunda-feira, 27 de maio de 2019

Como é a visita ao Palácio de Queluz

Guardada as devidas proporções, o Palácio de Queluz é uma espécie de Versailles de Portugal, embora não possa ser comparado em grandiosidade. No entanto, corresponde a um belo monumento, com jardins agradáveis e salões deslumbrantes que valem a visita.

Especialmente, a visita dos brasileiros, com os quais o palácio divide um pouco da sua história. Afinal, era lá que residia a família real portuguesa antes se mudarem, fugidos, para o Brasil. Sendo assim, referências a figuras históricas como D. João VI, Maria I ("a louca") e Carlota Joaquina estão espalhadas pelo palácio.

O Palácio de Queluz, localizado a cerca de 14Km do centro de Lisboa

Construído, originalmente, como uma palácio de verão para a realeza, o Palácio de Queluz acabou sendo promovido à residência oficial após o catastrófico terremoto que destruiu Lisboa e o palácio real no centro da cidade. Por sorte, toda a família real sobreviveu, mudando-se para Queluz.

Sua permanência por lá, entretanto, não foi tão duradoura. Com a invasão de Portugal por Bonaparte, D. João VI se viu obrigado a fugir para o Brasil, marcando um fato histórico que veio a influenciar toda a história do Brasil e deixando para trás um palácio que não viu mais reis e rainhas em seus aposentos.

Mas como se faz para visitar o Palácio de Queluz por conta própria?


Se você estiver em Lisboa, vai ser muito fácil visitar o palácio, mesmo que não esteja de carro. Basta pegar um trem até a cidade de Queluz. A linha é a de Sintra, já que o mesmo comboio que tem esta última como destino final, passa por Queluz. 

Mas é preciso escolher a melhor estação de trem para pegar o comboio. Afinal, Lisboa tem várias e não há trem direto para Queluz de todas elas. Sendo assim, é importante ter em mente, de quais estações, é possível fazer o trajeto direto. São elas: Oriente, Roma-Areeiro, Entrecampos, Sete Rios e Rossio. Esta última é a mais central, localizada na praça de mesmo nome no centro histórico de Lisboa.

Para escolher de qual estação partir, basta checar a distância de cada uma delas em relação ao seu hotel e ter em mente a linha de metrô que te deixa próximo a cada uma delas. Para chegar à Oriente, pode-se pegar a linha vermelha até a estação de mesmo nome. Para Roma-Areeiro, a linha verde vai até a estação Roma, a poucos minutos de caminhada da estação ferroviária. A linha amarela vai até a estação Entrecampos.  Sete Rios fica bem próxima da estação de metrô Jardim Zoológico, abastecida pela linha azul. E a linha verde vai até a estação Rossio.

No nosso caso, pegamos o trem em Roma Areeiro, já que a estação ferroviária ficava quase de frente para o hotel onde nos hospedamos: o Hotel Roma.

Para comprar a passagem, não há muito mistério nem há necessidade de se comprar com antecedência. A compra pode ser feita em máquinas de auto-atendimento na entrada da estação. Em Roma-Areeiro, por exemplo, não há guichês para venda de passagens, de modo que a máquina é a única opção. E se você estiver usando o cartão VivaViagem para uso do transporte público em Lisboa, é importante saber que ele não é válido para viagens de trem intermunicipais.

Como há vários horários de trens ao dia para Queluz, não precisa se preocupar tanto com a hora de partida ou de retorno. Em determinados períodos do dia, há trens de 10 em 10 minutos. Para checar os horários exatos, você pode fazer simulações no site Comboios de Portugal.

A viagem vai demorar cerca de 20 minutos, variando um pouco a mais ou a menos, a depender da estação da qual você partiu. A passagem é baratíssima, custando, atualmente, 1,65 euros.

Ao descer na estação de Queluz, você precisará caminhar por cerca de 15 minutos até o palácio. Usamos o Google Maps para não nos perdermos, mas vimos placas indicando o caminho durante o trajeto. Infelizmente, Queluz não é uma cidade bonita, ficando claro que uma visita a ela se resume mesmo ao palácio.

Trajeto a pé entre a Estação de Queluz e o palácio


Para retornar, fizemos o caminho inverso, comprando a passagem em um guichê na estação de Queluz.


Visitando o Palácio de Queluz


Ao chegar ao palácio, tivemos um pouco de dificuldade em encontrar a bilheteria. Ao dar de cara com uma rotunda que fica exatamente de frente para o palácio (com uma estátua de Maria I no centro), você deverá pegar a sua esquerda e ir margeando o prédio para encontrar a entrada turística.

A seta vermelha mostra a entrada do Palácio de Queluz para os turistas. De frente para a bilheteria, fica uma loja de souvenirs do próprio palácio.

Estátua de Maria I em uma rotunda em frente ao Palácio de Queluz

Encontrando a bilheteria

O ingresso custa, no momento, 10 euros, incluindo a visita ao palácio e aos seus jardins. Se quiser apenas visitar os jardins, paga-se 5 euros. Mas acreditamos que vale à pena visitar também os aposentos do palácio.

A visita não inclui todos os cômodos do prédio e é feita apenas pelo andar térreo, de modo que não toma muito tempo para ser completada. Há uma rota pré-estabelecida a ser seguida, terminando no ponto de acesso aos jardins, onde, então, o turista pode ficar livre para explorar toda a área.

Iniciando a visita

No trajeto, o visitante vai passando por diferentes cômodos com funções diversas: Sala do Trono, Sala de Música, Capela, Sala de Jantar, entre outros. Passa também pelos aposentos da família real, como o quarto da Rainha Maria I, o quarto onde nasceu e morreu Dom Pedro I e o quarto onde dormiu Carlota Joaquina. No caminho, quadros com pinturas de todas estas figuras históricas vão nos ajudando a imaginá-los transitando pelo palácio.

No interior do Palácio de Queluz, na Sala do Trono


Teto da Sala do Trono


Um dos aposentos reais


Sala de Jantar


Pinturas espalhadas pelo palácio


Desenho da figura de D. Pedro I

Mas há duas salas que mais nos chamaram a atenção (além da Sala do Trono): a Sala de Porcelanas, que expões belíssima peças de porcelana que pertenceram à família real; e o Corredor dos Azulejos, cujas paredes são completamente revestidas por azulejos que, juntos, formam painéis datados do século XVIII.

Sala das Porcelanas


Corredor dos Azulejos

A área dos jardins é bem mais extensa e vai requerer bem mais tempo se você quiser conhecer tudo. Nós começamos pela parte próxima à Escadaria Robillion (ou dos Leões). Ali era onde a realeza mantinha leões e tigres presos em jaulas (fico me perguntando para quê? Maldade desnecessária!!).

Iniciando o passeio pelos jardins


Jardins do Palácio de Queluz

De frente para a escadaria, encontramos o Canal de Azulejos que percorre o curso de um riacho, a Ribeira do Jamor. O canal é todo revestido por azulejos e sofre com o aparente abandono. Muitas peças quebradas estão merecendo restauração. Uma enorme pena!


Canal dos Azulejos


Infelizmente, o monumento precisa de uma restauração


Mesmo assim, não perdeu seu encanto


O pequeno riacho em torno do qual foi construído o Canal dos Azulejos


Depois seguimos para a parte do jardim em torno do Lago das Medalhas, seguindo até a Fonte de Netuno. Ainda passamos por uma escultura conhecida como Caim e Abel numa área dos jardins chamada Largo dos Plátanos.

Indo até o Lago das Medalhas


O Lago das Medalhas


Em torno do Lago das Medalhas


A Fonte de Netuno


A estátua de Caim e Abel


Seguimos, então, para a parte dos jardins localizada exatamente de frente para a fachada do palácio,  os chamados Jardins Superiores, repleto de figuras geométricas típicas dos jardins franceses, além de muitas fontes e esculturas.

As figuras geométricas estão, na verdade, espalhadas por todo o jardim


Uma evidente inspiração francesa


Os Jardins Superiores, na verdade, dividem-se em dois: o Jardim Pênsil e o Jardim de Malta (este estava isolado para restauração).

Chegando ao Jardim Pênsil


Escultura do lago de Nereide


Área mais bem cuidada dos jardins


A bela fachada do palácio ajuda na composição


Muitas estátuas estão espalhadas pelo Jardim Pênsil


Lago de Netuno

Duas fontes principais marcam o Jardim Pênsil: o Lago de Nereide e o Lago de Netuno. Esta parte foi, para nós, a mais bonita dos jardins, sendo ajudada pela bela fachada do palácio sempre à vista.

Vale à pena admirar a fachada do palácio...


De todos os ângulos


Chegando em casa

Nós nos demos por satisfeitos ao visitar as áreas citadas acima. Mas os jardins são bem maiores e você pode passar bem mais tempo os explorando. Há também um Jardim Botânico em uma área mais afastada do palácio.



O Palácio de Queluz abre diariamente das 9 às 19h, sendo o último acesso às 18h. para maiores informações, você pode acessar o site oficial. Neste link, você pode também acessar um mapa do jardim para localizar os pontos citados acima.






OBS:
1. Os preços indicados neste post correspondem aqueles em vigência na época da viagem. Recomendo pesquisar novamente os valores das atrações na época da sua viagem.

2. Este post não recebeu nenhum tipo de patrocínio


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