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segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Último dia em Nova York: Empire State, ONU e Museu de História Natural

E, bem mais rápido do que a gente imaginava e queria, chegava nosso último dia em Nova York (NY). Obviamente, o tempo foi curto para apreciar tudo que a cidade tem a nos oferecer, mas foi aproveitado da forma mais intensa possível.

Aquele último dia começou com a nossa segunda visita ao Empire State Building, já que a nossa primeira tentativa havia sido frustrada pelo tamanho gigante da fila, como detalhei neste post. Mas para evitar um novo transtorno, acordamos cedo e, às 8 horas da manhã, já estávamos entrando no famoso edifício. 

O Empire State Building é um edifício de 102 andares, inaugurado em 1931 e que, por cerca de 41 anos, foi considerado o arranha-céu mais alto do mundo. Localiza-se na esquina da 34th Street com a Quinta Avenida, estando, nesta última, a entrada pela qual os turistas têm acesso ao prédio. Uma vez entrando no saguão principal, você verá uma escada à sua direita. basta subir e seguir o caminho indicado até os funcionários que validarão seu ticket. Em horários mais tardios, a fila pode chegar até a calçada da Quinta Avenida e você deve se preparar para gastar mais de uma hora esperando. Portanto, a melhor dica para evitar fila é chegar lá bem cedo.


Hall de entrada do Empire State


Não havia fila alguma quando chegamos, bastando seguir  os funcionários até o elevador que nos levaria até o deck de observação, localizado no andar 86 (para aqueles que quiserem ainda subir até o último andar, o 102, também é possível, pagando um valor mais alto para isso). Subimos até o andar 86 apenas e, embora a vista em 360 graus de toda a cidade de NY seja realmente incrível, a experiência não foi nem 10% da vivida no Top of the Rock, cuja vista me pareceu muito mais interessante. Além disso, odiei as grades que tanto atrapalham a visão; e o vento naquela manhã estava insuportável. Fiz uma comparação mais detalhada entre os dois prédios neste post, onde explico porque considero muito mais vantajosa a subida ao Top of the Rock do que ao deck de observação do Empire State.



A favor do Empire State, tem-se a loja de souvenir presente no andar de observação, bem diversificada e onde encontrei uma miniatura do edifício com o King Kong no seu topo. Não resisti.

Saindo do famoso arranha-céu, a próxima atração a ser visitada era a sede das Organizações das Nações Unidas, localizada na margem leste da ilha de Manhattan. Aproveitamos, então, para andar mais pelo lado leste da ilha, caminhando pela Madison Avenue e pela Park Avenue. Tanto andando por estas avenidas quanto, especialmente, se afastando mais da Quinta Avenida em direção ao East River, você começa a perceber uma mudança no cenário: menos turistas indo e vindo e mais daquela imagem clássica de nova-iorquinos típicos andando em todos os sentidos em direção ao trabalho e com um copo de café nas mãos. Sem dúvidas, o lado oeste de Midtown me pareceu bem menos tumultuado do que outras áreas da cidade.

Para visitar a sede da ONU em NY é preciso, antes, agendar um horário no site oficial. Além de agendar o melhor dia e horário, você deve também escolher o idioma do tour guiado. Há, inclusive, tours em português, mas estes têm dias e horários bem restritos que nem sempre vão se adequar ao seu período de viagem e às suas necessidades. A entrada para o tour fica, exatamente, na Primeira Avenida, entre a 45th e a 46th Street. 

O ideal é chegar uns 15 minutos antes do horário marcado e já se apresentar ao oficial que estiver no portão de entrada, mostrando a ele o seu voucher que confirma seu agendamento (mesmo que haja fila na calçada do lado de fora, esta é formada pelos visitantes que chegaram cedo demais e estão à espera do seu horário de entrada). Você, então, passará pelos procedimentos padrão de segurança e será levado para um saguão junto com os outros visitantes que agendaram para o mesmo horário. Os guias, então, se aproximarão e dividirão os visitantes entre eles. E aqui tivemos tanta sorte que nosso grupo foi formado por apenas 5 pessoas, sendo duas crianças, de modo que nossa guia, uma coreana muito simpática, acabou dando praticamente toda a atenção para nós.

Bandeiras dos países-membros hasteadas no portão frontal da ONU



E a experiência proporcionada pelo tour foi muito mais gratificante e muito mais enriquecedora do que eu imaginava, uma vez que envolve muito mais do que um passeio pelas grandes salas de conferência do prédio, mas também um passeio pelos ideais, objetivos e filosofias da ONU.

E se todos os povos pudessem viver em paz? E se não houvesse mais discriminação? E se as religiões se respeitassem e coexistissem tranquilamente? E se não houvesse mais fome ou miséria? E se não houvesse mais guerra?

Um sonho, praticamente uma utopia, mas que a ONU parece manter como algo factível. Pelos corredores da sede da ONU, nos deparamos com frases, pinturas e esculturas que, o tempo todo, nos lembravam desse sonho. Ao mesmo tempo, estão lá artefatos que nos fazem recordar o porquê desse sonho ser tão importante: objetos destruídos pela bomba de Hiroshima e Nagasaki, restos de minas terrestres que mataram ou incapacitaram inocentes, um pedaço do Muro de Berlim, símbolo maior da Guerra Fria. Apenas relembrando incessantemente as tragédias do nosso passado, será possível alimentar e manter vivo o sonho por um mundo melhor.


Pedaço do Muro de Berlim




Além de ter contato com os objetivos da organização, a guia também explica parte do funcionamento e nos leva para conhecer as salas de conferência, onde importantes reuniões e decisões cruciais são tomadas, incluindo a Sala do Conselho de Segurança, onde decisões a repeito das guerras que ocorrem no mundo são tomadas. Como curiosidade, 5 países integram de forma permanente este conselho: EUA, Inglaterra, China, França e Rússia. Os outros 10 membros são eleitos a cada dois anos, tendo caráter rotativo. A vantagem de ser um dos cinco membros permanentes é o poder de veto. Por exemplo, se o Conselho decidir em votação por uma intervenção militar em determinado país em conflito, mas um dos 5 membros permanentes não concordar, a intervenção não será autorizada. Como curiosidade, o Brasil e o Japão foram os países mais frequentemente eleitos como membros não permanentes até hoje, cada um com 10 mandatos.

Sala do Conselho de Segurança da ONU




O Conselho de Segurança também elege o Secretário-geral da ONU, decisão sobre a qual os 5 membros permanentes também têm poder de voto. Atualmente, este cargo é exercido pelo sul-coreano Ban Ki-moon. Os idiomas oficiais da ONU são seis: chinês, espanhol, inglês, russo, árabe e francês. 



Ao final da visita, que dura, em média, 45 minutos minutos, somos deixados em uma loja com vários produtos, como camisetas, canecas, cadernos, mapas, livros, entre outros, com referência a ONU. Há também um palanque para você simular uma foto como se estivesse discursando para os mais importantes líderes mundiais e o mais legal de tudo: um setor onde você pode carimbar o seu passaporte com um carimbo específico da ONU. Afinal, ali dentro da sede, você está em território internacional. Portanto, não esqueça de levar seu passaporte quando for a ONU.

O passeio foi, para mim, um dos pontos altos de NY, tendo me emocionado em vários pontos. É feito de forma muito bem organizada, te ensina um monte de coisa que você nem tinha conhecimento e ainda alimenta um pouco sua esperança na humanidade. Recomendo demais a visita.

Era hora de visitar nosso último destino em NY: O Museu de História Natural, cuja entrada também estava inclusa no nosso New York City Pass (mais sobre isto nesse post). A vantagem nesse caso é que a visita ao planetário do museu também estava inclusa, o que era, para mim, o principal objetivo dentro do museu. Explico: quando criança visitei um planetário e, tudo que eu me lembro, é o quanto aquela experiência foi mágica para mim. Desde então, nutria um desejo enorme de visitar novamente um planetário com a ideia de viver as mesmas sensações daquela época. Mas, infelizmente, criança e adulto não têm a mesma percepção do ambiente a sua volta e, embora a visita ao planetário tenha valido à pena, confesso que eu esperava mais. A exibição dura, em média, 30 minutos e conta a história da criação do universo a partir do Big Bang, com efeitos visuais e sonoros muito bem feitos.

Outro ponto que eu esperava conhecer no Museu de História Natural era a famosa coleção de fósseis de dinossauros (a maior do mundo), com destaque para um Barossauro (um dinossauro herbívoro) com cerca de 27 metros de comprimento que nos recepciona logo na entrada do museu. Outra sessão imperdível é a que mostra a vida oceânica, destacando-se a réplica, em tamanho real, de uma baleia azul pendurada no teto.

Entrada do Museu de História Natural


Réplica da baleia azul


Há muito mais o que ver no museu, especialmente, para os amantes das ciências naturais. Ali você pode conhecer melhor a evolução animal, ver diferentes espécimes de árvores, e ainda aprender um pouco sobre e desenvolvimento evolutivo do ser humano.  Mas confesso que, como já estava acabando nosso tempo naquela incrível cidade, optamos por não conhecer tudo e utilizar um pouco do tempo que nos restava caminhando um pouco mais pelo Central Park e pelas ruas de Manhattan. Naquele final de dia, a chuva resolveu dar as caras, pela primeira vez, durante a viagem. Mas nada que um guarda-chuva comprado em uma banca de revista na entrada do Central Park não resolvesse.

Central Park



Chegava a hora de se despedir da cidade que eu nunca sonhara em conhecer mas para a qual eu não vejo a hora de voltar. Uma cidade com tanta coisa para ver e fazer, com tanta riqueza cultural, com tanta fonte de aprendizado e divertimento que se torna impossível não querer retornar o quanto antes.

Por fim, listo as cincos atrações de NY das quais mais gostei e que considero imperdíveis:

1. Top of the Rock
2. Central Park
3. Brooklyn Heighs Promenade e Brooklin Bridge
4. Sede da Organização das Nações Unidas
5. Museu Metropolitano 


PARA SE PLANEJAR:

1. Empire State Building

Horário de funcionamento: abre diariamente das 8h às 2h da manhã
Entrada: 32 dólares até o andar 86 e 52 dólares se quiser também visitar o andar 102 (no site oficial há opção de valores para quem quer pular as filas)
Como chegar: de metrô (linhas laranjas B, D, F ou M ou amarelas N, Q ou R) até a estação 34St - Herald Square (andar 1 quarteirão em direção à Quinta Avenida)
Site oficial (em português): http://www.esbnyc.com/pt

2. Organização das Nações Unidas

Horário de funcionamento: tours guiados ocorrem de segunda à sexta das 9 às 16:30 (horário deve ser agendado no site oficial)
Entrada: 18 dólares (mais uma taxa adicional de 2 dólares pela venda online)
Como chegar: de metrô (linhas 4, 5, 6 ou 7) até a estação Grand Central Station (andar 4 quarteirões em direção ao East River)
Site oficial: http://visit.un.org/

3. Museu de História Natural

Horário de funcionamento: abre diariamente das 10 às 17:45h
Entrada: 22 dólares (27 dólares se incluir o Planetário)
Como chegar: de metrô (linhas B ou C) até a estação 81St-Museum of Natural History (linha B não para nesta estação nos fins de semana)
Site oficial: http://www.amnh.org/


OBS:
1. Os preços indicados neste post correspondem aqueles em vigência na época da viagem. Recomendo pesquisar novamente os valores das atrações na época da sua viagem.
2. Este post não recebeu nenhum tipo de patrocínio

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