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quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Escute, enxergue, deguste Viena

Clássica, sóbria, elegante, pomposa... são um dos melhores adjetivos para descrever a capital austríaca. Dona de uma arquitetura capaz de impressionar o melhor dos arquitetos, de um berço artístico capaz de fascinar o maior de todos os artistas e de um requinte capaz de agradar o mais requintado de todos os seres humanos, Viena dificilmente será palco de decepção para o turista.

Mas, para visitá-la, esteja com seus cinco sentidos apurados. Prepare seus olhos para a beleza arquitetônica que salta aos olhos em cada esquina da cidade, para a vida que pulsa em seus inúmeros parques e, caso tenha a oportunidade de viajar pelas estradas austríacas, para o esplendor da natureza do país. Permita ao seu paladar se deliciar nos inúmeros cafés que dão ainda mais charme às esquinas vienenses. Apure seus ouvidos para aquela que é uma das principais características da Áustria: a música. Berço de figuras lendárias, como Mozart e Strauss, o país tem a música clássica como um dos seus principais ícones culturais, sendo inúmeros os espetáculos oferecidos aos visitantes, entre óperas, concertos e balés. Portanto, Viena é, antes de mais nada, uma experiência sensorial. Escute, enxergue, deguste, sinta Viena.











Andando pelas ruas da capital austríaca, é fácil perceber alguns dos motivos que levam Viena a encabeçar frequentemente a lista de cidades com melhor qualidade de vida do planeta. Excelente infra-estrutura, transporte público eficiente, ruas limpas, segurança pública. Em Viena (assim como nas demais cidades da Áustria), você pode andar pelas ruas desertas durante a noite sem medo de ser assaltado. Lojas expõem seus produtos do lado de fora do estabelecimento, sem nenhuma vigilância e sem medo de serem roubadas. 

É gratificante perceber também a convivência harmônica entre o velho e o novo, o moderno e o histórico. O país sabe valorizar seus prédios mais antigos, mantendo-os belissimamente inseridos na rotina diária do vienense. E sem perder o requinte e a sofisticação. Requinte espantosamente distribuído em todos os seus prédios, lojas, cafés e moradores.

Sabe também que uma grande cidade, especialmente uma que pretende fornecer qualidade de vida aos seus moradores, precisa saber harmonizar seus prédios com a natureza. E, não à toa, são vários os parques espalhados pela cidade, fornecendo, assim, uma beleza ainda maior à capital e tornando qualquer passeio por suas ruas ainda mais agradável. São parques que mudam de cor a cada estação do ano, permitindo experiências completamente diferentes àqueles que visitam a capital austríaca em épocas diferentes do ano.






E o país sabe também expor o orgulho que sente das personalidades que lá nasceram e que, de uma forma ou de outra, marcaram a humanidade. Mozart, Strauss, Schubert, Freud ganham estátuas em praças públicas, doam seus nomes para parques da cidade, têm suas antigas casas preservadas para visitação (como as de Freud e Mozart).



Concerto da Orquestra Sinfônica de Viena

Visitamos a capital austríaca em novembro de 2015, após conseguir uma sensacional promoção pela companhia aérea italiana Alitalia. Viena encontrava-se na metade final do outono, formando tapetes de folhas amareladas, nos brindando com árvores de tonalidades que variavam do amarelo ao vermelho e sendo invadida já pelo ar frio que anunciava o inverno. E, se o sol já se escondia pouco antes das cinco da tarde, encurtado o nosso tempo de passeio diário, a noite surgia com suas feiras de Natal típicas, já presentes nessa época do ano.

Sol se despedindo às 16:30h.

Feira de Natal no centro da cidade


Mas, se vários elogios podem ser feitos à Viena e ao seu país, não podemos dizer o mesmo do seu povo que, em nenhum momento, vi se esforçar para parecer simpático com o turista. Por outro lado, é preciso dizer, que eles não nos tratam mal. São apenas impessoais. Mantêm-se frios e distantes à nossa presença. E, infelizmente, parecem se manter frios também às poucas representações de pobreza que os cercam. Sim. Pois existem pedintes em Viena. E não, não me pareceram imigrantes. Tem bem menos que em cidades europeias como Praga. Mas não deixam de existir e, ao que percebi, serem ignorados.

Fachada de uma loja da Swarovski em uma das ruas mais caras de Viena, a Karntner Strasse. Um sem teto tenta se proteger do frio com um saco de dormir no canto inferior esquerdo da foto.


Mesmo uma das cidades mais desenvolvidas do mundo, portanto, pode ter suas contradições. Afinal, se nada nessa vida é perfeito, por que Viena haveria de ser? Mas, pelo menos, suas belas ruas do centro histórico, seus requintados e elegantes prédios, seus inspiradores parques, seus charmosos cafés e sua belíssima música clássica são exemplos únicos de perfeição que, sem dúvidas, merecem a atenção de qualquer viajante com os sentidos um pouco mais apurados.



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