Menu

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Segundo dia em Paris: Ile de la Cité e a Catedral Notre-Dame

Após nossa incrível visita ao Museu do Louvre, chegava a hora de continuar com o intenso roteiro daquele segundo dia em Paris. O próximo destino: a Ile de la Cité, uma ilha localizada em meio ao Sena, no centro de Paris, e o local onde está localizada umas das principais atrações turísticas da cidade, a Catedral de Notre-Dame. 

Notre-Dame de Paris

A Ile de la Cité localiza-se bem próximo ao Louvre, sendo possível visitar, entre os dois, uma famosa ponte parisiense, a Pont des Arts, aquela onde os casais apaixonados costumavam prender cadeados simbolizando o seu amor. E eu falo "costumavam" pois a prática de adicionar cadeados à estrutura da ponte foi proibida pelo governo. Afinal, já haviam mais de um milhão de cadeados na ponte, aumentando o seu peso em centenas de toneladas e colocando-a sob o risco de desabar.

Ao sair do Louvre e seguir pela orla do Sena em direção a Ile de la Cité, portanto, aproveitamos para atravessar a Pont des Arts. Foi possível perceber a proteção que, agora, impede que os cadeados sejam presos nas suas laterais. Uma forma de preservar uma ponte histórica, construída no início do século XIX, quando Napoleão Bonaparte governava o país. No meio da ponte (que é restrita aos pedestres) havia uma espécie de exposição de arte (não sei se é algo fixo ou temporário), mas com esculturas que, sinceramente, não fazem muito o nosso estilo. 


Caminho percorrido entra o Louvre e a Ile de La Cité, passando pela Pont des Artes


Pont des Arts

Pont des Artes

Pont des Arts e, ao fundo, a Pont Neuf, a mais antiga ponte a cruzar o Sena

Ile de la Cité, vista a partir da Pont des Arts. Percebam a cheia do rio, cobrindo o tronco das árvores e impedindo a navegação dos barcos.

Ao final da ponte, do outro lado do rio, está o Institut de France, mais um dos belos prédios da cidade e que corresponde a um importante centro acadêmico de artes e ciências do país, responsável por administrar vários dos museus e palácios franceses.

Institut de France

Continuamos a nossa curta caminhada pela orla até chegar à primeira ponte, Pont Neuf, que dá acesso à Ile de la Cité. Esta é a ponte mais antiga de Paris a atravessar o rio Sena (curiosamente, "neuf" significa "nova"), tendo sua construção sido finalizada no início do século XVII. Durante nosso trajeto pela ponte, era possível perceber o impacto da cheia que assolava o famoso rio em decorrências das intensas chuvas no norte do país. Impossível a navegação de qualquer barco pelo Sena naqueles dias que passamos em Paris, impossibilitando os turistas de passear por baixo das belas pontes do Sena.

Pont des Arts vista a partir da Pont Neuf

Já na Ile de la Cité, os turistas mostrando que encontraram outro local para prender os seus cadeados

Mapa da Ile de la Cité, ligada por pontes às duas margens do Sena a à outra ilha do rio: a de Saint-Louis

Pelo mapa acima, é possível perceber que começamos a explorar a ilha por sua extremidade oeste, estando a Notre-Dame na extremidade oposta. E a intenção era exatamente caminhar pelas ruas e construções da ilha com calma, sem restringir nosso passeio apenas à famosa catedral. Na extremidade oeste, assim que chegamos a ilha após atravessar a Pont Neuf, que continua em direção à margem oposta do rio, demos de cara com a estátua equestre do Rei Henri IV, em cujo reinado foi finalizado a construção da ponte em questão. 

Estátua equestre do Rei Henri IV

Atrás da estátua, está uma pequena praça, a Vert-Galant. Naquele dia, parisienses passeavam por ela com seus cachorros, turistas avistavam a cheia do Sena e um pintor aproveitava a vista que se tem da ponta da praça para pintar Paris. Afinal, na capital francesa, respira-se arte.

Apreciando Paris a partir da Praça Vert-Galant




Continuamos caminhando pela Ile de la Cité em direção à Catedral de Notre-Dame. No caminho, outra importante igreja da cidade: a Sainte Chapelle. Não havíamos a incluído no roteiro, mas dizem que o seu interior é muito bonito, devido aos seus vitrais. Pretendo conhecer numa próxima visita a Paris.

Caminhando pela Ile de la Cité

Portão do Palácio de Justiça de Paris, um dos importantes prédios do governo localizados na ilha

Palácio de Justiça de Paris


Igreja de Sainte Chapelle, localizada ao lado do Palácio de Justiça

Igreja de Sainte Chapelle e Palácio de Justiça

Place Louis Lépine


Chegamos, então, à extremidade da ilha que abriga a Notre-Dame, sem dúvidas, uma das catedrais mais famosas do mundo. Afinal, ela representa a principal igreja de uma das cidades mais visitadas do mundo; tem um peso histórico importante; e serviu de cenário para uma das obras mais famosas do escritor francês Victor Hugo: O Corcunda de Notre-Dame. Além disso, chama a atenção a arquitetura gótica da igreja e as gárgulas que adornam o seu exterior.

Catedral Notre-Dame de Paris

Notre-Dame significa Nossa Senhora e, como não poderia deixar de ser, ela não é a única com este nome em território francês (existindo também igrejas que levam o nome Notre-Dame em antigas colônias francesas, como em Montreal, por exemplo). Mas, realmente, nenhuma é tão famosa quanto a de Paris.

O turista que a visita pode se contentar em apenas apreciar a sua fachada externa (nossa opção nesta última viagem), mas a maioria opta, obviamente, por também conhecer o seu interior. Foi o que fiz na primeira vez e os belos vitrais da igreja foram o que mais me chamaram a atenção na ocasião. E o melhor: a entrada é gratuita. Áudio-guias com duração de cerca de 35 min podem ser adquiridos na entrada (por 5 euros) para aqueles que quiserem se aprofundar nos detalhes da catedral. Há a opção de português nos idiomas. 




Adicionar legenda








Outra opção popular entre os turistas, é subir a sua torre para, assim, não apenas chegar bem perto das famosas gárgulas como também ter uma bela vista da cidade. Na minha primeira visita, até havia programado subir à torre, mas o tamanho da fila me fez desistir. Portanto, programe-se e compre o ingresso online para fugir das filas (isso mesmo: embora a visita ao interior da igreja seja gratuita, o mesmo não é válido para subir na sua torre).

O acesso à torre é feito pelo exterior da catedral e não há elevador, sendo necessário subir mais de 400 degraus até o topo. Certamente, esta visita é uma das atividades que integra a minha lista de coisas para fazer numa próxima viagem a Paris. E pretendo ler, antes, O Corcunda de Notre-Dame, com o objetivo de melhorar ainda mais a experiência.

Em frente à fachada da Notre-Dame há também o acesso à Cripta Arqueológica que permite a visita a antigas ruínas romanas descobertas durante escavações na área (o ingresso custa 7 euros). Para mais informações, acesse o site oficial das criptas.

O objetivo agora era seguir para o Hotel de Ville (prefeitura da cidade), deixando a ilha através da Pont d´Arcole. No entanto, começamos a explorar a lateral norte da catedral e, quando vimos, já estávamos na Pont Saint-Louis que dá acesso a outra ilha do Sena: a Ile Saint-Louis. Como caminhar a mais por Paris não é nenhum sacrifício, continuamos em frente, passando pela ilha e voltando em direção ao Hotel de Ville. Mas aí já é assunto para o próximo post.


PARA SE PLANEJAR:

1. Catedral Notre-Dame de Paris

Horário de funcionamento: diariamente das 8 às 18:45h (fecha às 19:15h nos sábados e domingos).
Entrada: gratuita
Como chegar: de metrô (linha 4 até a Estação Cité ou Saint-Michel-Notre-Dame) ou de RER (linhas B ou C até a Estação Saint-Michel-Notre-Dame)

2. Torre da Catedral Notre-Dame de Paris

Horário de funcionamento: abre diariamente às 10h e fecha às  17:30h (de 1 de outubro a 31 de março) r às 18:30h (de 1 de abril a 30 de setembro). A última admissão ocorre 45 minutos antes do fechamento.
Entrada: 10 euros
Como chegar: de metrô (linha 4 até a Estação Cité ou Saint-Michel-Notre-Dame) ou de RER (linhas B ou C até a Estação Saint-Michel-Notre-Dame)

3. Sainte Chapelle

Horário de funcionamento: diariamente das 9 às 17h (de 1 de novembro a 31 de março) e das 9:30 às 18h (de 1 de abril a 31 de outubro).
Entrada: 10 euros
Como chegar: de metrô (linha 4 até a Estação Cité)


OBS:
1. Os preços indicados neste post correspondem aqueles em vigência na época da viagem. Recomendo pesquisar novamente os valores das atrações na época da sua viagem.
2. Este post não recebeu nenhum tipo de patrocínio

Nenhum comentário:

Postar um comentário