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segunda-feira, 23 de maio de 2016

Segundo dia em Hong Kong: visitando o Big Buddha

Nosso segundo dia em Hong Kong foi quase todo dedicado a um dos mais incríveis passeios da cidade: o Big Buddha, localizado na Ilha de Lantau e considerado a maior estátua de um buda sentado ao ar livre do mundo.



Toda a ilha tem um visual incrível e, para acessar a estátua, você terá que pegar o teleférico mais extenso do mundo, o Ngong Ping 360 Cable Car (há também a opção de acessá-lo de ônibus, mas duvido que este meio de transporte seja tão agradável visualmente). Uma vez dentro do teleférico, você sobrevoará os montes verdes envoltos pelo Mar da China Meridional até chegar à estação na Ngong Ping Village.

A Ngong Ping Village é uma espécie de cidade cenográfica tipicamente chinesa, composta por uma única rua, margeada por lojas (quase todas de souvenirs) e restaurantes, que te deixa na área realmente dedicada ao budismo e que contém, além da estátua do buda, o Monastério Po Lin, o maior templo budista de Hong Kong.

A estátua do Big Buddha, conhecida como Tian Tan, fica no alto de uma colina e é acessada após uma subida de 268 degraus. Chegando ao alto, percebe-se que a estátua está rodeada por seis estátuas menores com oferendas para o Grande Buda. Em frente à colina do buda vê-se o monastério, repleto de fiéis, meditando, participando de cerimônias religiosas e acendendo incensos para o buda.


O mapa (retirado do site oficial da atração) mostra a disposição dos pontos de interesse do complexo. Perceba a estação do teleférico, seguida pela pequena vila, com sua única rua levando até o Grande Buda e ao Monastério Po Lin (em frente à estátua)

O passeio, provavelmente, tomará mais da metade do seu dia. Primeiro, porque a Ilha de Lantau não é próxima ao centro da cidade. Segundo, o acesso até o Big Buddha levará mais de uma hora, contando a ida e o retorno com o teleférico. Afinal, como citei acima, este é o mais extenso do mundo, com cada trecho demorando cerca de 25 minutos. Terceiro, há muito para se ver e fazer no local, considerando o passeio pela Ngong Ping Village, a subida pela escadaria até o Grande Buda e a visita ao Monastério Po Lin. Portanto, não programe muita coisa para fazer após esta visita.

Como chegar ao Big Buddha?

Embora longe do centro de Hong Kong, não é difícil acessar a Ilha de Lantau e chegar ao Grande Buda. Afinal, o sistema de transporte público da cidade é muito eficiente e a linha amarela do metrô te deixará diretamente na ilha, em um ponto bem próximo da estação para pegar o teleférico.

Você deverá pegar a linha amarela em qualquer estação da cidade servida pela mesma, não esquecendo de pegá-la no sentido Tung Chung - Cable Car (o próprio nome já indica que você chegará à estação do teleférico). Basta, então, descer na estação Tung Chung e deixá-la pela saída B.

Logo na saída, você dará de cara com um outlet. Isto mesmo: Hong Kong, como não deixaria de ser numa cidade tão consumista, tem seu próprio outlet, o CityGate Outlet, no melhor estilo americano, com todas aquelas lojas que brasileiro adora. Portanto, se você for daqueles turistas que não dispensam uma compra com valores promocionais, pode combinar a visita ao Big Buddha com um tour de compras ao final do passeio.

Da estação de metrô até a estação do teleférico são apenas uns 2 minutos de caminhada. E não tem erro. Praticamente todos que saíram do metrô junto com você estarão se deslocando para lá.

O CityGate Outlet


Caminhando da estação de metrô até a estação do teleférico

Como comprar o ingresso do teleférico Ngong Ping 360 Cable Car?

Você pode deixar para comprar seu ingresso na bilheteria, claro. Mas não recomendo. As filas podem ser quilométricas. Especialmente, se você estiver por lá durante o ano novo chinês.

A melhor opção, portanto, é comprar seu ingresso online. Desta forma, você já se livra da primeira fila, a da bilheteria, e passa direto para a fila do embarque no teleférico. E eu te garanto: evitar uma fila na China é uma grande vantagem!!

Mas, mesmo comprando o ingresso online, lembre-se de que ainda haverá a fila do embarque. Portanto, minha maior dica é: programe-se para chegar ao local ainda pela manhã, organizando este para ser o primeiro passeio do dia. Você ganhará um tempo enorme. Afinal, seguimos esta dica e praticamente não enfrentamos fila na nossa chegada (mesmo sendo durante o ano novo chinês). Mas quando retornamos à estação, após o passeio, a fila estava muito muito grande, com tempo de espera de mais de duas horas. Portanto não deixem para visitar o Grande Buda à tarde, se não quiserem perder um tempo precioso na fila.

Para comprar o ingresso online, basta acessar este link, escolher o horário de visitação, efetuar a compra com o cartão de crédito e imprimir o ingresso que será recebido por e-mail. O ingresso online apenas pode ser comprado a partir de 14 dias de antecedência. É recomendado que você chegue uns 15 minutos antes do horário marcado e lembre-se de estar portando o cartão de crédito com o qual foi feito a compra.

Conhecendo o teleférico mais extenso do mundo

Nós amamos este passeio. Você sai sobrevoando a ilha com uma vista incrível. Sobrevoamos pequenos montes e percebemos algumas pessoas solitárias os escalando (seria para alguma espécie de retiro budista?). Avistamos o aeroporto de Hong Kong que fica em uma ilha artificial construída ao lado da Ilha de Lantau. percebemos a construção de uma imensa ponte através do mar, que vem de algum lugar que ficou apenas na nossa imaginação (seria do centro da cidade?), até Lantau. E, de repente, avistamos a imponente estátua do Big Buddha de longe.

Iniciando o passeio no teleférico








Em alguns momentos, o teleférico faz umas pausas (em uma delas, a pausa demorou mais de cinco minutos) e dá um certo frio na barriga ficar ali parado, pendurado e balançando. Mas tudo me pareceu muito seguro. Portanto, vá sem medo. Vale à pena e é uma ótima chance de começar bem a visita a esta incrível atração de Hong Kong.





Primeira aparição do Big Buddha, visto do teleférico (bem pequeno, lá no fundo)

Nós optamos pelo teleférico padrão, mais barato, mas existe também a opção do teleférico de cristal, que tem o piso transparente, permitindo, assim, uma experiência mais emocionante para quem tiver coragem (e dinheiro) de pegá-lo.

Passeando pela Ngong Ping Village

Assim que você sai do teleférico e deixa a sua estação, para chegar até o Big Buddha, é preciso passar pela pequena vila cenográfica de Ngong Ping. Digo cenográfica porque, embora as casas ali presentes tenham uma arquitetura típica chinesa, fica claro que elas não foram construídas de forma espontânea nem para abrigar ninguém e sim para servir de sede para lojas e restaurantes com o objetivo de atrair os turistas.

Big Buddha visto da estação após desembarque do teleférico (as flores são fake)

Npong Ping Village








As lojas são praticamente todas de souvenirs. E foi aqui que encontramos as lembranças de maior qualidade e em maior diversidade em toda Hong Kong. E, mesmo se tratando de um ponto turístico, achamos, aqui, algumas lojas de souvenirs com os melhores preços. Na verdade, estes preços mais em conta não são encontrados nas lojas localizadas nas casas da vila, mas sim em umas construções mais simples ao final da rua, à esquerda.  Deixe para comprar os souvenirs aqui. Eles têm uma qualidade melhor do que os encontrados nos mercados de rua da cidade e com um preço igual ou até inferior.



Rua repleta de restaurantes e lojas de souvenirs

Conhecendo o Big Buddha

Assim que você deixa a pequena vila, é preciso passar por um corredor de seis estátuas de cada lado, ao ar livre, relacionadas ao budismo. São os Doze Generais Divinos, cada um representando um dos animais do zodíaco chinês e portando um tipo de arma diferente.

Este portão marca a passagem entre a vila e a área dedicada ao budismo

O corredor margeado pelas estátuas dos Doze Generais Divinos (ao fundo, se vê o templo)

Este aqui representa o boi, no zodíaco chinês, e tem uma espada como arma

Outro general

Ao final do corredor, você verá, à sua direita, a escadaria com o Grande Buda no alto e, à sua esquerda, o Monastério Po Lin. São ao todo 268 degraus que temos que subir para poder chegar aos pés da figura do buda. Construída de bronze, a estátua é muito bonita e imponente, com os seus 34 metros de altura.



O Big Buddha

Vista da escadaria


Chegando mais perto

Sentado sobre uma flor de lótus, o Grande Buda é ainda rodeado por seis outras estátuas em posição de oferenda, representando, cada uma, um tipo de presente com o seu respectivo significado: flores (generosidade), incenso (moralidade), lâmpada (paciência), unguento (zelo), frutas (meditação) e música (sabedoria). Todas estas, características necessárias para se atingir a iluminação divina.



As oferendas






Do alto da escadaria, é possível ver o Monastério Po Lin. Passamos um tempo descansando da subida a apreciando a estátua, antes de descer de volta e seguir para o templo. Vários indivíduos que seguem a religião budista realizavam preces no local. Ao meu ver, enquanto para o turista ocidental o lugar é apenas um incrível atração turística, para os chineses uma visita ao lugar tem um significado muito maior.

O Monastério Po Lin, visto do alto da escadaria do Grande Buda

Visitando o Monastério Po Lin


Após descer a escadaria, seguimos direto para o fascinante templo budista. Logo que chegamos em frente ao mesmo, percebemos que ali era o local de maior concentração de pessoas. Inúmeros chineses acendiam incensos ao ar livre em oferenda à estátua do Grande Buda que ocupava soberana o alto do nosso campo de visão.

Grande Buda visto da entrada do templo

Aposto que quando falei em incenso você imaginou aqueles pequenos que conhecemos por aqui. Até havia destes também, mas o que chamou mesmo a nossa atenção foram os incensos enormes, mais parecidos com troncos, que eram acesos. Agora imagina a fumaceira que estava em frente ao templo. Eu que odeio fumaça, corri logo.

Incensos de todos os tamanhos e gostos! E haja fumaça!


Começamos a percorrer a área do templo, enquanto apreciávamos a bela arquitetura do local, com suas inúmeras cores dispostas de forma harmoniosa e seus telhados minuciosamente trabalhados. No prédio principal, ocorria uma cerimônia budista. Os monges sussurravam uma melodia contínua. Obviamente, não sabíamos exatamente o que estava acontecendo, mas foi muito interessante assistir a um pedacinho do ritual.

















Sobre o interior do templo, então, basta dizer que era belissimamente ornamentado, com paredes douradas que nos deixou curiosos em saber se aquilo seria ouro ou não. Não é permitido fotografar o interior do templo e respeitamos esta regra.




Alguém decifra?




Nossa visita ao Big Buddha e à área ao redor chegava ao fim, já nos dando a certeza de que esta é, na nossa opinião, a melhor atração turística de Hong Kong. Não à toa, acabamos passando mais tempo lá do que havíamos planejado.

Na saída, após retornar pelo mesmo teleférico e seguir caminhando até a mesma estação de metrô para retornar para o centro da cidade, paramos no Outlet com o objetivo de encontrar algo para comer e usar o banheiro. Nada de compras. 

A esta altura, chegamos à conclusão de que não daria tempo de seguir para a próxima atração que havíamos planejado (o Ocean Park, um famoso parque de diversões da cidade), devido ao tempo já gasto em Lantau. Tivemos, então, que mudar nossa programação. E olha que, nesta atração, a multidão relacionada ao feriado do ano novo chinês não nos atrapalhou, já que chegamos cedo.

Mas não deixe de conhecer o Big Buddha apenas porque ele toma muito tempo da viagem. Garanto que valerá muito à pena!!


PARA SE PLANEJAR:

1. Ngong Ping Cable Car

Horário de funcionamento: os horários são mostrados no momento da compra online e parecem variar de acordo com a época do ano
Entrada: 185 HKD, incluindo ida e volta, para o teleférico padrão. O de cristal custa 255 HKD.
Como chegar: de metrô, linha amarela, até a estação Tung Chung


OBS:
1. Este post não recebeu nenhum tipo de patrocínio


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