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quinta-feira, 21 de abril de 2016

Como funciona o sistema de transporte público de Hong Kong

O sistema de transporte de Hong Kong é bastante eficiente, te deixa, praticamente, em todos os locais de interesse, e inclui metrô, ônibus (aqueles de dois andares, típicos da Inglaterra) e ferrys (afinal, acessar a Ilha de Hong Kong, atravessando a baía em um barco, é muito mais agradável do que por debaixo da terra). Mas, sem dúvida, o metrô será o transporte mais utilizado por você em sua passagem pela cidade.



E em Hong Kong, o sistema de metrô tem uma particularidade que todos que pretendem conhecer a cidade precisam saber: não há um valor fixo para o ticket. O custo varia de acordo com a estação de destino, sendo, desta forma, diretamente proporcional à distância que será percorrida. Deste modo, ao utilizar as máquinas de auto-atendimento para comprar o ticket, você deve informar a estação de destino, para, então, ser feito o cálculo oe quanto aquele trajeto específico te custará.


No entanto, há uma forma bem mais prática de utilizar o metrô, sem ser necessário perder tempo comprando um ticket para cada viagem: o chamado Octopus Card. Este é um cartão recarregável que você adquire em um guichê de atendimento presente nas estações. O valor inicial é de 150 HKD, sendo que 50 HKD é de calção, sendo recebido de volta no momento da devolução do cartão. Isto mesmo: você não fica com o Octopus Cardo de lembrança, a não ser que queira perder 50 HKD (e acredite: depois que você gastar mais do que pretendia nesta cidade, esta não será uma opção!!).

Mas aí você pode se perguntar: e eu irei realmente gastar 100 HKD só em transporte, mesmo se eu passar 2 ou 3 dias em Hong Kong? Sim!! Infelizmente, você irá gastar isso tudo.  Antes das nossas viagens, eu costumo calcular um valor aproximado de quanto gastaremos com transporte público. Mas com esse sistema de variar o valor do ticket conforme a distância percorrida, tornou-se inviável seguir este hábito desta vez. Eu, inclusive, tinha a plena ilusão de que até sobraria dinheiro do cartão, mas acabei tendo que recarregá-lo mais de uma vez.

E como recarregar o Octopus Card? Basta se utilizar das máquinas de auto-atendimento ou recorrer a um guichê semelhante ao que te forneceu o cartão. E se, ao final da sua viagem, sobrar algum saldo positivo além dos 50 HKD de calção, você receberá tudo de volta. O que não contávamos era com uma taxa surpresa de retorno que você paga na devolução do cartão, no valor de 9 HKD. Pois é! Você devolve o cartão certinho, sem nenhum dano, mas tem que pagar por isso. Vai entender... em Hong Kong, nada está tão caro que não possa ficar pior!!

Uma vantagem do Octopus é que ele não é utilizado apenas nas estações de metrô. O ferry que te leva do continente até a Ilha de Hong Kong, os ônibus da cidade e, até mesmo, algumas atrações turísticas e lojas aceitam o cartão.

Para utilizá-lo basta aproximá-lo do dispositivo mostrado abaixo:



Você precisará fazer isso tanto para ter acesso às plataformas de embarque do metrô, como para deixá-las. Apenas assim, será calculado o valor a ser debitado dependendo das estações de partida e chegada.

E cuidado para não deixar o cartão vazio. Sempre que você aproximá-lo dos dispositivos que o reconhecem, aparecerá, em um visor, o valor gasto naquele trajeto e o saldo ainda presente no cartão. Portanto, fique atento e não deixe o cartão com um saldo muito baixo, especialmente, se estiver planejando seguir para uma estação mais distante. Embora o cartão possa ficar com saldo negativo (de até -35 HKD) é bom não arriscar.

Em relação às linhas de metrô, a cidade é servida por nove delas que interligam as três regiões de maior interesse para o turista: Kowloon (na parte continental da cidade) e as ilhas de Hong Kong e Lantau. É possível também acessar a Disney de Hong Kong e, até mesmo, chegar à fronteira com a cidade chinesa de Shenzhen, onde você poderá passar pelo serviço de imigração e ter sua entrada autorizada no restante do país.

Para se orientar no sistema de metrô, não há mistério para quem já utilizou este transporte em outras grandes cidades do mundo. O princípio é o mesmo. Saiba em que estação descer e qual a direção que deve pegar para se chegar a esta direção. Mas tenha cuidado ao deixar as estações. Algumas delas são imensas e apresentam inúmeras saídas (elas são identificadas por letras: A, B, C, D, etc. e cada letra pode ainda ser especificada por um número: A1, A2, B1, etc.). E, caso você pegue a saída errada, pode ir parar em uma rua bem distante do seu destino, te forçando a andar mais do que o necessário.

Portanto, além da estação de destino, é importante saber também qual saída você deve pegar. Você pode descobrir isto antes da viagem, utilizando o Google Maps, por exemplo, ou deixar para identificar a melhor saída nas próprias estações, que são bem sinalizadas e mostram, para o passageiro, a rua, atração ou ponto de interesse relacionados a cada saída.

E como é se locomover a pé em Hong Kong?


Na parte continental, em Kowloon, achamos a locomoção semelhante a qualquer outra grande cidade, com muitas faixas de pedestres (respeitadas, por sinal), sinal para pedestre e algumas passagens subterrâneas para facilitar a nossa vida!

Já na Ilha de Hong Kong, achei a coisa mais complicada para quem gosta de bater perna como nós. Mesmo utilizando o mapa, é comum você se deparar com ruas intransponíveis, nos fazendo dar inúmeras voltas e andar mais do que o necessário até encontrar passarelas ou passagens subterrâneas (estas indicadas pelo termo subway. Não confundir estas passagens com estações de metrô).

Portanto, achei a Ilha de Hong Kong complicada para pedestres, exceto ao lado dos pontos turísticos, onde basta seguir a multidão para se encontrar.


OBS:
1. Os preços indicados neste post correspondem aqueles em vigência na época da viagem. Recomendo pesquisar novamente os valores das atrações na época da sua viagem.

2. Este post não recebeu nenhum tipo de patrocínio


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