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sábado, 3 de fevereiro de 2018

As antigas praças públicas de Atenas: Ágora Antiga e Ágora Romana

Você sabe o que era uma ágora nos tempos antigos? 

A palavra grega era utilizada para designar o espaço urbano das cidades antigas Grécia que funcionava como principal centro público e administrativo municipal (uma espécie de praça pública). E Atenas, por ter passado pelo domínio de mais de um Império antigo, como o Romano e o Bizantino, acabou tando duas ágoras: a Antiga (original) e a Romana (criada após a conquista de Roma sobre a cidade).

E as ruínas das duas ágoras, com suas escavações arqueológicas, estão abertas à visitação turística, compondo o rol das principais atrações da capital grega.

A Ágora Antiga de Atenas


Ambas localizadas próximas aos pés da Acrópole, as duas ágoras estão a menos de 500 metros de distância uma da outra, podendo ser facilmente conhecidas no mesmo período de tempo. A Ágora Romana está no bairro de Plaka, já na sua transição com o também charmoso bairro de Monastiraki, onde fica localizada a Ágora Antiga.


As duas também estão na lista de sítios arqueológicos inclusos no ticket combinado que, por 30 euros, permite o acesso a sete atrações de Atenas.

No nosso caso, visitamos primeiro a Ágora Antiga de Atenas e, como já era final do nosso primeiro dia, deixamos para conhecer a Ágora Romana no dia seguinte. 

Conhecendo a Ágora Antiga de Atenas


Após aproveitar o nosso passeio pela Acrópole de Atenas, seguimos em direção à Ágora Antiga, caminhando rumo ao bairro de Monastiraki. Se não estiver próximo à atração, você pode pegar as linhas M1 ou M3 do metrô e descer na estação Monastiraki, localizada bem próxima à ágora.

Para acessar a entrada do sítio arqueológico, você deve seguir até a rua Adrianou, que já te chamará a atenção pelos charmosos restaurantes dispostos lado a lado com vista para a Acrópole e para a Ágora Antiga. Nesta rua, você encontrará a bilheteria.

Rua Adrianou em Monastiraki com seus charmosos restaurantes próximos à entrada da Ágora Antiga


Se não tiver o ticket combinado em mãos, pode adquirir o ticket específico para a visita à ágora ali mesmo, no valor de 8 euros (que já inclui a visita ao museu localizado no interior do complexo arqueológico). 

Logo na entrada, deverá chamar a sua atenção o imenso verde que acompanha as ruínas do sítio arqueológico. Praticamente um parque verde aos pés da Acrópole de Atenas, a Ágora Antiga vai revelando as ruínas de colunas, estátuas e edifícios, à medida que você vai caminhando entre as suas árvores e arbustos. Sempre com a Acrópole compondo o seu campo visual ao se olhar para cima.

A Ágora Antiga de Atenas, com a Acrópole sempre ocupando o campo de visão


Estátuas espelhadas entre o verde da Ágora Antiga













Mas nada localizado na Ágora Antiga é mais impactante do que o sensacional Templo de Hefesto, o mais preservado templo da antiguidade grega. E o grau de preservação é mesmo impressionante. Basta compará-lo com o Partenon. Hefesto ser o deus dos escultores (além dos metais e do fogo) é apenas uma coincidência?

O Templo de Hefesto


Todas as colunas do Templo de Hefesto ainda estão de pé


Podemos chegar bem próximo ao templo



E espiar um pouco do seu interior de fora


Com todas as suas colunas preservadas, o templo, cuja construção data do século V a.C., deve a sua incrível preservação ao fato de ter sido convertido em igreja ortodoxa durante a época em que o Império Otomano dominou a cidade. Ainda bem que ninguém teve a péssima ideia de armazenar pólvora no seu interior, como aconteceu com o Partenon.

Sorte a nossa que temos a chance de apreciar de tão perto (embora não seja possível entrar nem tocar em sua estrutura, obviamente) algo tão antigo. Para nós, um dos pontos altos da nossa visita à Atenas.

O Templo de Hefesto é, sem dúvida, um dos pontos altos de Atenas


Também no local, está localizado o Museu da Ágora Antiga que exibe, em seu andar térreo relíquias encontradas nas escavações realizadas na ágora e em sua vizinhança. Na verdade, o próprio prédio em que se localiza o museu já pode ser considerado uma relíquia, já que corresponde à antiga Estoa de Átola.

Estoas eram antigos edifícios da Grécia Clássica, caracterizados por longos corredores cobertos, ladeados por colunas. A Estoa de Átola foi construída no século II a.C, e restaurada na década de 50 do século XX para abrigar o atual museu.

A Estoa de Átoma que serve como Museu da Ágora Antiga


Relíquias encontradas nas escavações da Ágora Antiga


Antigas colunas gregas da Estoa de Átola restauradas 

Aquele prédio por trás das árvores é a Estoa de Átola, vista do Templo de Hefesto


Após o término da nossa visita à Ágora Antiga, já estávamos famintos e não resistimos a sentar em uma das mesas externas de um dos restaurantes da rua Adrianou que citei acima. Aproveitamos para jantar ali, ainda sob a luz do dia (amamos quando o sol se põe tarde) com vista para a Acrópole, saboreando torradas temperadas com o saboroso azeite grego e, mais uma vez, comendo a delicioxa moussaka, nosso prato típico preferido do país.

Conhecendo a Biblioteca de Adriano e a Ágora Romana


No dia seguinte, após uma merecida noite de sono, resolvemos começar nosso passeio pela segunda ágora de Atenas, a romana.

Mais uma vez fomos caminhando, atravessando o sempre agradável bairro de Plaka até a Ágora Romana. A estação de metrô Monastiraki citada acima é também a mais próxima da atração caso você esteja hospedado longe.

Da mesma forma que a Ágora Antiga, você pode utilizar o ticket combinado ou, então, adquirir um ingresso específico para a atração no valor de 6 euros.

Mas antes de entrarmos na Ágora Romana, resolvemos conhecer a Biblioteca de Adrinao, já que as duas atrações são vizinhas. Construída pelo Imperador Adriano com arquitetura romana, o local possuía, além da sala onde eram guardados os papiros, salas de leitura e de reunião. Algumas paredes como muitas colunas, ainda continuam de pé.

A entrada é pela rua Areos.

Mapa mostrando a proximidade entre a Biblioteca de Adriano e a Ágora Romana. As setas indicam o local de entrada para as duas atrações. percebam também a proximidade da estação Monastiraki com a Biblioteca de Adriano.


Chegando à Biblioteca de Adriano



Ruínas da Ágora Romana


A Biblioteca de Adriano, assim como a Ágora Romana, se localiza bem no meio das construções de Plaka


E também permite a vista para a Acrópole


Pelas antigas ruínas da Biblioteca de Adrinao









Da Biblioteca de Adriano, seguimos direto para a Ágora Romana.

Em comparação à Agora Antiga, a Ágora Romana é bem menor, necessitando de menos tempo para ser explorada. Entre os seus principais monumentos, podemos citar: o Portão de Atena Archegetis (erguido em homenagem à deusa Atena, para variar) e a Torre dos Ventos. 

O Portão de Atena Archegetis marca a entrada da Ágora Romana


As muitas colunas da Ágora Romana

A Torre dos Ventos vista por trás das colunas





A Torre dos Ventos, marcada por gravuras dos oitos deuses dos ventos no seu exterior, foi erguida para servir como uma espécie de relógio meteorológico e pode ser considerada a primeira estação meteorológica do mundo.

A Torre dos Ventos. Percebam, no topo, que cada lado do octágono possui a gravura de um dos deuses dos ventos





O interior da Torre dos Ventos, cujo acesso é liberado




A visita à Biblioteca de Adriano e à Ágora Romana é rápida, de modo que ainda tínhamos muito tempo disponível naquela manhã do nosso segundo dia na cidade. O céu, assim como no dia anterior, continuava nublado e, infelizmente, não vimos a cor azul do mesmo e em nenhum momento em que permanecemos na cidade.

Os deuses dos ventos não estavam mesmo querendo espantar aquelas nuvens. Ainda bem que as incríveis atrações da cidade compensaram o tempo ruim.



OBS:
1. Os preços indicados neste post correspondem aqueles em vigência na época da viagem. Recomendo pesquisar novamente os valores das atrações na época da sua viagem.


2. Este post não recebeu nenhum tipo de patrocínio




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